Por sua vez, o porta-voz dos sindicatos dos trabalhadores, Teixeira Cândido, disse que o Governo voltou a apresentar as propostas feitas anteriormente, apesar das concessões admitidas pelos sindicatos nos principais pontos do caderno reivindicativo. Por exemplo, explicou, os sindicatos baixaram para 100 mil kwanzas a sua exigência de Salário Mínimo Nacional (SMN) contra os 245 mil anteriores, e para 100 por cento o valor do aumento salarial na Função Pública em vez dos 250 por cento iniciais.
Em resposta, o Governo pro- pôs uma revisão do SMN baseada na dimensão das empresas, com 48 mil kwanzas para as pequenas empresas, 70 mil para as médias e 96 mil para as grandes, disse. Teixeira Cândido acrescentou que, sobre a proposta de aumento salarial na Função Pública, a parte do Governo não apresentou uma contraproposta concreta. Outro ponto das negociações prende-se com a redução do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT), cuja proposta inicial dos sindicatos era de até 10 por cento, mas que, durante as conversações, evoluiu para uma taxa de 15 por cento.
Em relação a essa matéria, o Governo entende que já está em curso um processo ao qual os sindicalistas se negam vincular-se. Quanto à participação na gestão do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Teixeira Cândido disse que o Governo apresentou uma hipótese de os trabalhadores terem um representante no Conselho de Administração, mas que, para os sindicatos, as experiências de outros países mostram que os institutos de segurança social, porque gerem contribuições de trabalhadores, têm tido uma participação partilhada.