O Presidente zimbabueano vem apresentar ao seu homólogo angolano, actual presidente do Órgão para Política, Defesa e Segurança da SADC, o relatório da preparação das eleições presidenciais no seu país, com vista a legitimar a transição em curso.
O Presidente da República do Zimbabwe, Emmerson Mnagagwa, realiza amanhã, Sexta- feira (12), uma visita de trabalho de 24 horas a Angola, durante a qual deverá abordar com o seu homólogo angolano, João Lourenço, questões relativas à situação política reinante naquele país. O comunicado da Casa Civil do Presidente da República a que OPAÍS teve ontem acesso, indica que João Lourenço, na qualidade de Presidente do Órgão para Política, Defesa e Segurança da SADC, vai analisar com o estadista zimbabueano a preparação das eleições presidenciais, com vista a legitimar a transição em curso. Na noite de 13 de Novembro transacto, militares cercaram a residência do ex-Presidente da República do Zimbabwe, Robert Mugabe, tomando de assalto as instituições públicas, detiveram personalidades influentes da política e sitiaram a cidade capital, Harare, o que deteriorou a situação política e militar naquele país.
Na sequência desses acontecimentos, o ex-Presidente Robert Mugabe renunciou ao cargo numa carta dirigida ao Parlamento. Dias depois Emmerson Mnagagwa tomou posse como Presidente interino do país. Emmerson Dambudzo Mnangagwa, 72 anos, foi vice-presidente da República do Zimbabwe de 2014 até Novembro de 2017, quando foi demitido pelo então Presidente Robert Mugabe.
No dia 22 de Novembro de 2017, A União Nacional Africana do Zimbabwe – Frente Patriótica (ZANU-PF) escolheu-o para o cargo de presidente provisório do Zimbabwe. Durante o discurso de posse, Mnangagwa garantiu que as eleições “democráticas” teriam lugar este ano, como já estava previsto, e declarou que o Zimbabwe estava a ser renovado após 37 anos de governo Mugabe. Emmerson Mnangagwa também homenageou o ex-Presidente Robert Mugabe e chamou- lhe “o pai da nação”. Com promessas de combate à corrupção e desenvolvimento da economia, nomeadamente com investimentos estrangeiros na economia nacional, Mnangagwa também prometeu recompensar os agricultores cuja terra foi confiscada por um dos programas do Governo anterior.