A implementação de políticas de reforço do ecossistema tecnológico que permitam o incentivo e a criação de produtos e serviços para a população foi defendido, essa Segunda-feira, pelo director executivo da empresa de tecnologia Moxi, Carlos Pinto.
Em entrevista à ANGOP, no quadro do balanço da participação da empresa Moxi no Web Summit Qatar, que decorreu de 26 a 29 de Fevereiro em Doha (Qatar), Carlos Pinto sublinhou que “é necessária a criação de empresas de mentoria para pequenos empreendedores, empresas de capital de risco que apostam e fazem investimentos na fase inicial de uma recém-criada, bem como a regulamentação das startups”.
Reputou de extrema importância a regulamentação das startups, com o fim de facilitar o posicionamento dos diferentes actores do ecossistema do sector e facilitar no conhecimento de quem deve licenciar e certificar.
Segundo o director, o país deve olhar o sector tecnológico como uma área que pode contribuir na resolução de vários problemas, em área como agricultura e ensino.
“A nossa estratégia para outros mercados, a nível internacional, ganhou mais vida com a participação no Web Summit Qatar.
Temos boas perspectivas de como entrar e no Médio Oriente será a primeira aposta de expansão dos nossos produtos”, frisou.
Adiantou que, no referido evento, a empresa Moxi expôs uma plataforma de áudio e vídeo, integrada com produção de conteúdos, em que foram incorporados componentes já existentes para criar um novo.
Nestes três dias de Web Summit Qatar, indicou, participaram em seminários com directores e líderes de grandes indústrias tecnológicas, a nível mundial.
“ Trouxemos um nível avançado de sabedoria e experiência, tanto a nível da tecnologia como das tendências mundiais da inteligência artificial”, realçou.
Disse que a curto prazo a empresa irá incluir a inteligência artificial na sua plataforma digital e muitas outras empresas deverão seguir, por ser a tendência a nível do sector.
Destacou a importância da participação de empresas angolanas em eventos como o do Qatar, pois propicia a troca de experiências e acordos de parcerias, visando o crescimento do sector tecnológico no país.
“ Conseguimos fazer parceiras com empresas de vários países como do Brasil, Portugal, Qatar, Japão e Índia, bem como existem empresários interessados em trazer o seu produto para Angola, pela nossa empresa.
Serviços que não temos no país”, sublinhou. A empresa Moxi possui uma plataforma summit que permite fazer a reprodução de áudios, vídeo e podcast.
Quatro startups representaram Angola na Web Summit Qatar, que contou com a participação de mais de 50 mil empresas naquele que é considerado um dos maiores eventos desta categoria de tecnologia do mundo.
A Academia do Empreendedor de Luanda participou na Web Summit Qatar 2024, como uma instituição de referência no apoio às startups e na promoção do empreendedorismo de base tecnológica, em busca de novas soluções e parcerias.