O secretário-geral do Partido de Renovação Social (PRS), Rui Malopa Miguel, disse ontem que a direcção do seu partido está preocupada com a saída de vários quadros para outras forças políticas, mas que se está a trabalhar para contorná-la
Por: Maria Custódia
Em entrevista a OPAÍS, o político explicou que a situação agudizou-se ainda mais após a publicação dos resultados eleitorais de Agosto de 2017, em que o partido perdeu mais um deputado dos três que tinha.
Disse que esta situação tem sido objecto de análise internamente, mas que não tem encontrado motivações que levem alguns quadros intermédios a abandonarem as fileiras desta que já foi a terceira força política do país, de 1992 até 2008. Rui Malopa reforçou que o presidente deste partido, Benedito Daniel, na cerimónia de cumprimentos do ano novo, fez um pronunciamento à volta deste assunto. “Se no passado o partido esteve muito fechado, fruto de algumas situações internas, agora está aberto para que as pessoas se compreendam e possam voltar para reforçá-lo”, apelou.
O número dois na hierarquia dos renovadores sociais revelou que o partido tem estado a trabalhar no sentido de reunificar a família, realçando que as pequenas querelas internas devem ser ultrapassadas com base no diálogo. O político entende que o partido é de todos os militantes, quadros, amigos e simpatizantes, “e só unidos é que é possível alcançar os objectivos pelos quais foi criado”.
Para contornar a situação, de acordo a fonte, decorre um processo de mobilização e recrutamento de novos militantes e quadros, e está a caminhar sem sobressaltos. Apesar desta situação menos Rui Malopa, secretário-geral do PRS boa que o partido atravessa, Rui
Malopa Miguel, que já foi o secretário provincial do PRS em Benguela, acredita em melhores dias num curto espaço de tempo. “Estamos a trabalhar numa dinâmica para revertemos a situação, e acreditamos que o partido voltará a ter a sua mística de sempre”, garantiu.
OGE vai complicar a vida dos angolanos
Convidado a debruçar-se sobre o Orçamento Geral do Estado (OGE) aprovado na generalidade com 144 votos, na Quinta-feira, 18, disse que contem medidas orçamentais que vão contribuir para o aumento da pobreza e poderão dificultar ainda mais a vida dos angolanos.
Disse não compreender o facto de o Governo e o Presidente da República “falarem em melhoraria na vida dos angolanos, quando, na verdade, o país está numa situação financeira muito difícil”, desabafou.
Estas medidas, de acordo com a fonte, farão com que os produtos da cesta básica continuem a encarecer, numa altura em que o país regista uma inflação galopante e a população não terá capacidade de compra.
Ainda assim, Rui Malopa espera que o Governo faça o que estiver ao seu alcance para se evitar que se deplore ainda mais a vida das populações. “Vamos esperar que o Governo contorne a situação, tal como vem prometendo”, concluiu Rui Malopa Miguel.