O Presidente da República, João Lourenço, foi informado sobre o processo de transição que decorreu na República do Tchad.
João Lourenço recebeu ontem, em audiência, o ministro da Integração Regional da República Democrática do Congo, Didier Mazenga Mukanzu, que foi portador de uma mensagem do seu homólogo, Félix Tchisekedi, enquanto medianeiro do processo de transição no Tchad.
O Tchad passou por um processo de transição que culminou com as eleições gerais no passado mês de Maio, em que saiu como vencedor o general Mahamat Idriss Déby Itno.
Apesar de as eleições gerais terem ocorrido num clima de paz, o anúncio dos resultados tinha causado uma certa tensão no Tchad, colocando militares e civis em confronto.
“Podemos falar de uma transição exitosa. É a primeira vez que isso sucedeu, porque nós tivemos as eleições no Tchad de forma ordeira, o povo tchadiano deu mostra de uma certa maturidade”, disse Didier Mukanzu, considerando importante que o Tchad realize também eleições legislativas e locais para que o processo de transição termine com êxito.
Processo eleitoral O Presidente de transição e líder da Junta Militar do Tchad, general Mahamat Idriss Déby Itno, foi declarado, no mês de Maio, vencedor das eleições com 61,03 por cento dos votos.
Antes da divulgação dos resultados, o antigo líder da oposição e Primeiro-ministro desde Janeiro, Succès Masra, que ficou em segundo lugar, com 18,53% dos votos, reclamou a vitória, tendo denunciado manipulação na apuração dos votos.
As eleições, nas quais concorreram dez candidatos, marcam o fim de uma transição de três anos desde que o general Déby Itno assumiu o poder na sequência da morte inesperada, em 2021, do pai, Idriss Déby Itno, que tinha governado o país desde 1990.