A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, apresentou este Domingo, em Adis Abeba, os programas sociais e comunitários que a sua fundação desenvolve, em Angola, a favor das populações
Ana Dias Lourenço fez o balanço das actividades levadas a cabo pela sua fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário (FDC), durante a sua intervenção na 28ª Assembleia-Geral ordinária da Organização das Primeiras-Damas Africanas para o Desenvolvimento (OPDAD).
O evento foi organizado à margem dos trabalhos da 37ª cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), sob o lema “Eduque-a e transforme África, melhorando o acesso à saúde e à educação para as mulheres e meninas africanas do século XXI”.
A Primeira-Dama indicou que os projectos da sua Fundação estão virados para os sectores da educação e da saúde, que considera que devem ser uma prioridade, em toda África.
Explicou que Angola tem ainda pela frente o desafio do desenvolvimento equitativo para o bem-estar de todas as mulheres e homens angolanos, em particular as meninas e os meninos.
Para acompanhar esse desafio, indicou, a FDC definiu como um dos eixos do seu Plano Estratégico para 2022-2025 o fomento de iniciativas, projectos e programas nos domínios da saúde, da educação, do meio ambiente e da cidadania na transversalidade de género.
Neste âmbito, prosseguiu, a FDC tem apoiado e realizado advocacia para a implementação com sucesso de programas e projectos nos domínios da educação e da saúde para mulheres e, em particular, para as raparigas.
Projectos em execução
Entre as acções já desenvolvidas, apresentou projectos comunitários como Todos Unidos pela Primeira Infância (TUPPI), Programa de Salvaguarda para Jovens (SYP), “Transforme Vidas, Seja Mulher” e Carruagem Clínica “Tata Uhayele”.
Informou que o TUPPI, iniciado em 2022, já cobriu, em todo o país, cerca de 26 mil e 154 crianças em idade pré-escolar até aos seis anos, com actividades educativas, registo de nascimento e campanhas de vacinação e desparasitação.
Para as escolas do ensino primário e secundário, o SYP visa capacitar adolescentes e jovens dos 10 aos 24 anos sobre a protecção de infecções transmitidas sexualmente.
Além das doenças de transmissão sexual, os programas de capacitação cobrem também a prevenção de gravidez precoce indesejada, abortos, casamento precoce, práticas prejudiciais e violência baseada no género.
O programa já capacitou 198 professores e coordenadores de actividades extraescolares sobre gestão, saúde menstrual e educação sexual, assim como garante a distribuição de material de higiene menstrual.
Cerca de 300 mil alunos já beneficiam deste programa, dos quais 185 mil são raparigas, disse.
Por seu turno, a plataforma “Transforme Vidas, Seja Mulher” promove iniciativas direccionadas às jovens mulheres de vários segmentos da sociedade como agentes de mudança e influência nas respectivas comunidades.
O Tata Uhayele (Cuide da sua saúde) consiste em levar cuidados de saúde primários até às populações mais necessitadas através de carruagens clínicas ferroviárias a funcionar, entre o Lobito e o Luau, segundo a também presidente da Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário.