O Presidente da República conferiu também posse ao novo governador da província do Cuanza- Sul, Narciso Benedito, que substituiu Mara Quiosa, eleita nova vice-presidente do MPLA. João Lourenço reconheceu o facto de as novas províncias carecerem de infra-estruturas e desenvolvimento, apontando ser esta a razão de se ter feito essa divisão, no sentido de levar o desenvolvimento a todo o território nacional.
Aos novos empossados, o Presidente João Lourenço recomendou trabalho árduo para que estas novas províncias atinjam o desenvolvimento. “Espero que, daqui a alguns anos, vocês sejam recordados como os pioneiros desse mesmo desenvolvimento. Neste momento, as condições não são as ideais, são difíceis, precisamente pela falta dessas infra-estruturas.
Nós vamos procurar, com os orçamentos dos próximos anos, irmos construindo, paulatinamente, até que consigamos atingir o nível considerado satisfatório”, disse. Ainda ontem, o Presidente da República, João Lourenço, conferiu posse ao novo juiz conselheiro do Tribunal Constitucional, Lucas Quilundo, a quem apelou ao cumprimento do papel que o Tribunal Constitucional tem no quadro das instituições do Estado angolano.
“Nós acompanhamos o percurso que fez até aqui, e que culminou na Comissão Nacional Eleitoral. Acreditamos que, com a experiência ganha, sobretudo na Comissão Nacional Eleitoral, vai, com certeza, desempenhar um bom trabalho no Tribunal Constitucional”, sublinhou.
Novos governadores querem impulsionar o desenvolvimento
Falando à imprensa depois da cerimónia de tomada de posse, o governador da província do Cuando, Lúcio Gonçalves Amaral, disse que o facto de o território daquela província ter diminuído, em termos de área, fará com que o governador tenha mais facilidade de se movimentar nos onze municípios da província.
“Nós estamos a regressar à província do Cuando, com o lema de transformar e desenvolver para que, daqui a algum tempo, tenha outra imagem. Vamos prestar a nossa atenção no melhoramento dos serviços sociais, como a saúde, a educação, e trabalhar com as famílias e com as comunidades para garantirmos a segurança alimentar e nutricional das nossas populações”, disse.
Já o governador da província do Icolo e Bengo, Auzílio Jacob, garantiu que vai explorar o potencial daquela nova província, no sentido de transformá-la numa estrutura que possa trazer de volta os hábitos alimentares positivos à população.
“Depois, é preciso olharmos para o turismo. Icolo e Bengo é uma província que tem rios, tem mar, precisamos criar as condições para que esses factores naturais incentivem o investimento privado, para fazer com que o cidadão consiga ter oportunidade de emprego, e que a economia circule de forma a favorecer todos os agricultores familiares”, disse.
O governador da província do Moxico Leste, Crispiniano dos Santos, considerou, por seu turno, que o desafio agora é maior, porém garantiu trabalhar com as comunidades no sentido de impulsionar o desenvolvimento.
“Conhecemos os problemas da juventude que se refletem em to- da a população, e estamos a falar de uma província nova que requer de tudo um pouco, no ponto de vista de infraestruturas rodoviárias, administrativas, e isto coloca em nós uma grande responsabilidade, no sentido de radiografarmos todo o território da província, trabalhando com a população local.
Vamos trabalhar para que a província atraia mais investimento público e privado, e fazermos daquela região um ambiente digno de se viver, concluiu