O comité central do MPLA realizou ontem, em Luanda, a sua primeira sessão ordinária, que se debruçou sobretudo na questão da revitalização da indústria transformadora, tema considerado crucial para a sustentabilidade da economia nacional
O presidente do MPLA, João Lourenço, disse que os 50 anos de Independência Nacional vão ser celebrados com os olhos postos no desenvolvimento, e chamou os angolanos, independentemente da sua filiação partidária, origem étnica, confissão religiosa ou social, para uma grande reflexão sobre a Angola que querem para as gerações vindouras.
Falando na abertura da primeira Sessão Ordinária do Comité Central do MPLA, João Lourenço enalteceu os feitos de todos os filhos de Angola que, em circunstâncias difíceis, perigosas e sem esperar qualquer tipo de vantagem imediata ou recompensa, levaram a cabo acções que contribuíram, não só para o derrube do colonialismo, do regime do apartheid e para a consolidação da independência e soberania nacional, como também para o alcance e manutenção da paz e da reconciliação nacional, da reconstrução nacional, da diversificação da nossa economia, da criação de emprego e bem-estar social para todos.
Nesta conformidade, anunciou que será realizado, no próximo dia 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, a outorga da Medalha Comemorativa dos 50 anos de Independência Nacional, ao primeiro grupo de cidadãos nacionais que mereceram tal reconhecimento.
As condecorações no âmbito dos 50 anos de Independência Nacional vão abranger um total de 247 personalidades na primeira fase, cujos nomes já estão a ser divulgados, que contribuíram para a conquista da independência, da paz, da reconciliação nacional e da diversificação da economia.
“Por ocasião desse jubileu, independentemente da nossa filiação partidária, origem étnica, confissão religiosa ou social, todas as angolanas e angolanos são chamados a refletir sobre o nosso destino comum, sobre a Angola que queremos para as gerações vindouras”, disse.
Contributo das mulheres
João Lourenço destacou o papel das mulheres na Luta de Libertação Nacional, enaltecendo o seu contributo em diferentes sectores, alegando que, por mérito próprio, as mulheres têm vindo a ocupar o lugar merecido na sociedade angolana.
Destacou também o contributo do MPLA na promoção da mulher e reafirmou o compromisso contra todas as formas de violência. Sublinhou que o MPLA deve estar na linha da frente dos grandes desafios e trabalhar de forma coordenada com o Executivo e o Parlamento para servir os interesses da nação.
“O nosso partido MPLA, pela experiência acumulada e respon- sabilidades acrescidas para com o país, com o povo e com a sociedade angolana, deve se colocar sempre na linha da frente, estando sempre à altura dos grandes desafios que o país ainda tem que enfrentar”, avançou.