O Presidente da República, João Lourenço, efectuou, ontem, uma visita às instalações da Biocom – unidade agro-industrial que produz açúcar, etanol e energia eléctrica renovável, em Malanje, onde foi informado que esta empresa transformadora pretende, nos próximos dias, investir na produção de grãos
A informação foi avançada ao Titular do Poder Executivo pelo director-geral da Biocom, Uirá Coelho Ribeiro, no decurso da visita que João Lourenço realizou àquela instituição, no município de Cacuso, durante cerca de uma hora.
Após apresentação formal dos mecanismos de trabalho desta organização, o Presidente da República assistiu de perto ao processo de corte da cana plantada numa extensão de mais de 30 mil hectares, para a produção de açúcar principalmente.
Feito isso, percorreu ainda pelos principais comportamentos desta instituição, tendo passado pelo laboratório, depois pela fábrica e, por fim, entrou no interior do armazém de empacotamento, onde o produto é colocado em embalagens de um e de 25 quilogramas.
Durante a sua visita apeada, João Lourenço esteve permanentemente em contacto com os membros de direcção da Biocom, colocando várias questões sobre o funcionamento da empresa, inaugurada a 29 de Junho de 2014.
As respostas que recebeu associadas ao cenário que testemunhou transmitiram, seguramente, esperanças vivas de um futuro promissor, no que diz respeito ao desenvolvimento do sector industrial no país, uma vez que, no decorrer da visita, o Titular do Poder Executivo manteve-se com um semblante jubiloso.
No final, João Lourenço não prestou quaisquer declarações à imprensa, tendo de seguida, após o almoço, abandonado o local com destino ao Aeroporto de Malanje, de onde partiu em cortejo automóvel para o Palácio do Governador.
Decorrem estudos para produção de grãos O director-geral da Biocom, Uirá Ribeiro, que considerou a visita do Presidente João Lourenço um marco histórico na existência da empresa, admitiu haver desafios que colocam à prova a organização que dirige.
Um destes passa pela necessidade de contribuir para segurança alimentar do país. Por isso, disse que estão a ser desenvolvidos estudos que concorram para o início da produção de milho, feijão e soja, nos próximos dias.
“No âmbito do aumento da produção e da segurança alimentar, estamos a desenvolver estudos para iniciarmos a produção de grãos – milho, feijão e soja, através do sistema de rotação da cultura com a cana-de-açúcar nas áreas de renovação do canavial”, avançou.
Por outro lado, quanto à transição energética, para além da disponibilidade, para que se possa produzir o etanol combustível, o director geral da Biocom garantiu que se tem trabalhado na viabilidade técnico-comercial, com a finalidade de se instalar uma planta de produção de hidrogénio verde.
Executivo promete apoio à Biocom Para o ministro da Indústria e Comércio, Rui Mingues, a Biocom é um exemplo de que é possível integrar a produção agrícola dentro do processo industrial no país, a fim de este trabalho culminar com a satisfação das necessidades das populações.
Por esta razão, o governante garantiu que o Executivo vai apoiar a Biocom nesta importante missão de colaborar na industrialização do país, assumindo o compromisso de desenvolver acções para que o ciclo de produção seja atractivo e possa compor uma cadeia de produção alimentar.
“Nós temos de dar um alento à Biocom, considerando que estão no caminho certo e o compromisso do Executivo é apoiar para que este grande exemplo da nossa capacidade de produção possa reproduzir-se e expandir-se para outras localidades do nosso país”, prometeu.
Por: Jaime Tabo, enviado a Malanje