De acordo com a Presidência da República, o encontro teve lugar no âmbito dos esforços de mediação empreendidos por João Lourenço, com vista ao restabelecimento da paz e segurança no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
Antes de receber o seu homólogo da RDC, o Presidente angolano deplorou a ocupação da cidade de Goma, capital da província do Kivu-Norte, no Leste da RDC, pelo movimento M23 e exigiu a sua retirada imediata dos territórios ilegalmente ocupados.
O estadista angolano foi designado pela União Africana (UA) para mediar a crise político-diplomática e de segurança entre a RDC e o vizinho Rwanda.
Num comunicado de imprensa, a Presidência da República salienta que a acção do M23 (Movimento de 23 de Março) representa uma séria violação ao Processo de Luanda, que se reiniciou após encontros bilaterais em separado com os Presidentes Félix Tshisekedi e Paul Kagame, em Fevereiro e Março de 2024, respectivamente.
Enfatiza que, nos referidos encontros, ambos os estadistas concordaram em priorizar o cessar-fogo, a neutralização das Forças Democráticas de Libertação do Rwanda (FDLR) e o desengajamento de forças/levantamento das medidas de segurança adoptadas pelo Rwanda, isto é, a retirada das Forças de Defesa Rwandesas (FDR) do território da RDC.
O Estadista angolano apelou, por isso, à retirada imediata das Forças de Defesa do Rwanda do território congolês “para que se criem urgentemente as condições para a estabilização da vida das populações, incluindo a normalização do funcionamento do aeroporto da cidade de Goma em condições de segurança”.
A estabilização da situação vai facilitar o regresso em segurança dos membros do Mecanismo de Verificação Alargado Reforçado (MVAR) e do Mecanismo de Verificação Alargado da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), esclarece a nota.