O Presidente da República, João Lourenço, efectuou ontem uma visita às obras do futuro Parque de Ciências e Tecnologias de Luanda, a fim de constatar o nível de execução das mesmas, cuja conclusão está prevista para o mês de Agosto de 2025.
Durante a visita, o Presidente da República recebeu explicações sobre o andamento das obras do referido Parque. O coordenador do Programa de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Queiroz, que falou das valências daquela infra-estrutura, garantiu que as obras decorrem a bom ritmo, e que já se encontram com mais de 40 por cento de execução física e cerca de 46 por cento de execução financeira.
“Um Parque de Ciências e Tecnologias é um instrumento que os países investem, no sentido de promover a inovação científica e tecnológica, o que vai permitir aproximar, num mesmo espaço, o centro de investigação, instituições de ensino superior, empresas e o próprio Governo, no sentido de promover essa colaboração”, apontou.
Início em Fevereiro de 2023 prevê a construção de nove edifícios, dos quais cinco já foram erguidos nesta primeira fase, e três que serão reabilitados. Trata-se de um projecto financiado pelo Executivo angolano e co-financiado pelo Banco de Desenvolvimento Africano, que está orçado em 35,9 milhões de dó- lares norte-americanos.
O Parque está a ser erguido nu- ma área de 62 mil metros quadrados. O mesmo vai albergar centros de investigação, instituições de ensino superior, empresas incubadoras de startup, entre outros departamentos, e vai contribuir para o desenvolvimento da ciência e da investigação tecnológica no país.
Valências do Parque
O parque tem enfoque multissetorial e deverá contribuir para a melhoria do ecossistema angolano de investigação científica, desenvolvimento e inovação, contribuindo para a diversificação e crescimento socioeconómico do país.
Ricardo Queiroz explicou que o parque é parte do Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia (PDVT) e prevê apoiar a instalação de laboratórios em 18 escolas secundárias, a formação de mais de cem professores e 54 metodólogos, bem como bases de dados de propriedade intelectual e de gestão de dados científicos.
Adiantou que o PDVT prevê ainda garantir perto de 150 bolsas em pós-graduação em Portugal e no Brasil e para 850 meninas do ensino secundário e patrocinar 40 projectos de investigação científica. O coordenador do projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, Ricardo Queiroz, explicou que a construção do parque foi financiada em 90% pelo Banco Africano de Desenvolvimento.