Falando em conferência de imprensa, depois de ter inaugurado o Hospital Geral do Cuanza-Sul Comandante Raul Diaz Argüelles, João Lourenço afirmou que está em curso a construção de um novo hospital oncológico em Luanda, uma vez que o país não dispõe, por enquanto, de recursos financeiros para construir três “ou quatro distribuídos pelo país”, não obstante a existência de necessidade desses serviços.
O Chefe de Estado não avança nenhum horizonte temporal em ter- mos de conclusão, mas justifica que a cidade que tem cerca de um terço da população de Angola, Luanda, e é justamente lá onde se deve começar por criar as melhores condições “para o combate às doenças do foro oncológico”.
O Titular do Poder Executivo considera que, nos dias que correm, a insuficiência de infra-estruturas dessa natureza tem constituído como que um «handicap» de momento. Porém, o PR sublinha que o país deu passos importantes em termos de combate à insuficiência renal, com a construção de vários centros de hemodiálise. “Espalhados pelo país.
Demos um passo importante em termos de combate às doenças cardiopulmonares, mas, em termos de oncologia, temos um grande atraso. Portanto, o primeiro grande investimento, cuja infra-estrutura começou a ser construída, é também na cidade de Luanda”, assegura.
Hospitais nos três níveis
O Presidente da República adverte, num outro ângulo da sua abordagem, que, para promover a saúde pública em Angola, o país precisa de fazer investimento para lá da construção de infra-estruturas de nível primário, secundário e terciário.
João Lourenço sustenta, neste particular, que o país deve dar mais formação aos profissionais de saúde. “E esta é uma acção que estamos a fazer paralelamente aos nossos projectos de construção de infra-estruturas.
Ao mesmo tempo que estamos a construir, estamos a apostar seriamente na formação, na especialização dos nossos profissionais de saúde, não apenas com vista a termos o número correspondente ao investimento que estamos a fazer nas infra-estruturas, mas sobretudo para termos a qualidade de profissionais que vamos estar à altura de tirar o melhor rendimento possível dos equipamentos de ponta que nós estamos a instalar, sobretudo as de nível terciário”, salienta.
Diz que não basta só comprar equipamentos, há que tirar maior rendimento possível dos equipamentos que estão a ser instalados.
“De outra forma, não teria valido a pena o investimento que está sendo feito”, considera, ao de- fender, igualmente, a necessidade de se inserir no sistema nacional o maior número possível de profissionais no sector da saúde, sem, no entanto, perder de vista a componente do saneamento básico.
“Portanto, se as nossas cidades, em termos de saneamento básico, estiverem bem, não haver acumulação de lixo, acumulação de água, não haver fontes de criação de mosquito e de outros bichos que são prejudiciais à saúde humana, com certeza que estaremos a concorrer para o bem-estar dos angolanos, na vertente da prevenção”, acentua o Presidente da República.
Audiências paralelas
Por outro lado, o Presidente da República recebeu, na segunda- feira, em audiência, José Angel, ministro da saúde de Cuba, com quem abordou questões relativas a várias questões de interesse comum entre os dois Estados. Numa outra audiência, esteve a conversa com o fundador e dono do Grupo Mitrelli, Haim Taribe.
O dia de hoje está reservado a visitas às obras de Infra-estruturas Integradas do Sumbe, a uma feira, na marginal da cidade capital. Ainda hoje, o PR preside à reunião do Governo Provincial do Cuanza-Sul. Em relação à homenagem ao general, o PR diz que se impunha em função do contributo do cidadão na batalha do Ebo no enfrentamento do «inimigo», nas circunstâncias o exército sul-africano.
POR:Constantino Eduardo, enviado ao Sumbe