O Presidente da República, João Lourenço, terminou a sua visita às obras das barragens de Ndue e de Calucuve, na província do Cunene, com boa impressão, pelo facto de considerar satisfatrios os avanços verificados na empreitada, acreditando, assim, no cumprimento dos prazos definidos para sua entrega
O pronunciamento foi feito no fim da sua visita, na última Quinta e Sexta-feira, naquela província do Sul do país, na qual justificou a sua satisfação com o nível de execução física em tão pouco tempo que testemunhou, já que os projectos do Ndue e de Calucuve iniciaram em 2022 e 2023, respectivamente. “Pelo que nos foi dado a verificar, já está feito bastante trabalho que nos assegura que os prazos previstos vão ser cumpridos. O projecto do Ndue ficará pronto no mês de Setembro do próximo ano, 2024, e contamos receber esta do Calucuve em Dezembro de 2024”, acreditou.
Para o Presidente João Lourenço, os projectos que, nas piores das hipóteses, serão entregues em “Janeiro ou Fevereiro de 2025”, terão grande impacto na vida das populações, pois, com estes será possível aumentar a produção de carne, por via da pecuária potenciada com a água a serem ofereci- das pelas barragens. A agricultura, disse, tem, igual- mente, a possibilidade de se alavancar. Ao se referir concreta- mente à barragem de Calucuve, que tem uma dimensão de albufeira de 2 quilómetros de largura por 10 quilómetros de cumprimento, João Lourenço ambicionou o desenvolvimento de produção de peixe.
Investimento privado
Adiantou ainda que existem perspectivas de atracção de investimento privado nos domínios do agronegócio, pelo facto de se estar a preparar a energia e água, que, para si, constituem a base de criação de interesse deste sector. “A base estará, dentro de pouco menos de um ano, criada. Refiro-me à energia e a água. Portanto, haverá energia e água em abundância. A partir dali, o sector privado não necessita de nenhum convite especial, para aproveitar dessas valências e irem implantar os negócios à volta desses projectos”, adiantou.
De acordo com o Presidente da República, o programa de combate aos efeitos da seca não compreende apenas as provinciais do Cunene e da Huila, mas, também, a do Namibe, onde os projectos de maior dimensão e custo serão construídos. “Os projectos de maior dimensão e de maior custo são os que vão ser construídos na província do Namibe. São seis grandes barragens, que vão acumular, vão reter as águas pluviais que vêm do planalto, e que, por não haver estas barragens, estas águas têm-se perdido no Oceano Atlântico”, explicou.
Comuna ganha via de acesso com projecto
O administrador municipal de Cuvelai, Germano Nambalo, agradeceu ao Presidente da República pelos esforços que tem estado a imprimir no combate contra os efeitos da seca na província do Cunene, particularmente com estes projectos que, ainda não concluídos, beneficiaram a comuna com vias de acesso. Germano Nambalo disse que, com o início das obras de construção das barragens, a comuna de Ndue ganhou 90 quilómetros de estrada terraplanada da sede municipal até ao local, o que ajuda sobremaneira na mobilidade de pessoas e bens.
“Antes do projecto, nós não tínhamos estrada. Mas, já estamos a falar de 90 quilómetros de estrada terraplanada, e está ajudar bastante. As comunidades já estão a sair do interior para se colocarem ao longo da estrada, o que facilita, também, a administração a colocar os serviços básicos à disposição”, disse.