A Presidente da Eslovénia, Natasa Pirc Musar, afirmou, ontem, em Doha, Qatar, que Angola e o seu país estão a viver uma era de “sinais muito positivos” quanto à cooperação bilateral
A estadista eslovena falava à imprensa depois de um encontro com a Vice-Presidente de Angola, Esperança da Costa, a seu pedido, no qual, entre outras questões, abordou-se as Alterações Climáticas, Poluição, Energias Verdes e Energias Renováveis. A reunião ocorreu à margem dos trabalhos da 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados, que acontece entre 5 e 9 de Março, na capital do Qatar, Doha, segundo a Angop.
Natasa Pirc Musar enfatizou o facto de a Vice-Presidente de Angola ter sido eleita há sensivelmente seis meses, e, no seu caso, há cerca de dois meses. “Isto é um sinal muito positivo que marca uma era de cooperação, e, no futuro, vamos debater questões em torno da igualdade de género”, afirmou.
Ressaltou o facto de em 32 anos de independência ser a primeira mulher a chefiar o Estado esloveno. Por outro lado, declarou que a Eslovénia está, neste momento, muito debruçada em torno das Alterações Climáticas, e é sua intenção fazer um trabalho intenso para a redução da poluição, sobretudo nos Países Menos Avançados. “Estamos a trabalhar em projectos de Energias Verdes e Energias Renováveis, e a senhora Vice- Presidente transmitiu o quanto Angola está a ser afectada pelas Mudanças Climáticas”, afirmou Natasa Pirc Musar.
Segundo a estadista, a União Europeia sofre, também, presente- mente, com as Mudanças Climáticas, com incêndios flores- tais, afigurando-se que cada país trabalhe contra aquele fenómeno para que se tenha um plane- ta mais saudável. Recordou que já na altura em que a Eslovénia era parte da Jugoslávia tinha estabelecido fortes relações bilaterais, e não só, com países do continente africano, estando por isso condenados a trabalhar em conjuntos. Informou que a União Europeia, da qual o seu país faz parte, está a trabalhar num programa voltado à vulnerabilidade, com vis- ta a obter financiamentos para os Países Menos Avançados colmatarem os seus problemas.