O Presidente da República visitou os projectos das centrais de tratamento e distribuição de água da Quilonga e Bita, situados no Bom Jesus, província de Luanda. Na sua jornada de campo, o Presidente da República constatou o nível de execução das obras dos dois grandes projectos de distribuição de água de Luanda, o do Bita e Quilonga, bem como os principais constrangimentos que têm interferido no andamento das obras.
Na ocasião, João Lourenço reconheceu que existem mais de 7 milhões de habitantes de Luanda que actualmente não consomem água potável, dando garantia de que haverá melhorias nos próximos anos, e que até 2027 parte destes 7 milhões passará a beneficiar de água dos principais projectos em curso.
O Presidente da República falou também dos constrangimentos que têm dificultado o normal andamento das obras, apontando as obras ilegais construídas ao longo dos principais pontos por onde vão passar as condutas dos projectos do Bita e Quilonga, tendo orientado, na ocasião, a remoção voluntária das referidas obras. “Eu acabei de fazer uma reunião com os membros do Executivo, empreiteiros e fiscais destes dois grandes projectos.
Concluímos que existem ainda dois grandes constrangimentos, que são: um de ordem financeira, mas que será ultrapassado internamente; o segundo grande constrangimento são estas obras de construção anárquicas ao longo dos trajectos destes dois projectos.
Portanto, têm que ser ultrapassados já”, disse, avançando que todos aqueles que estão a condicionar o avanço das obras devem ser notificados para que eles próprios possam remover as infra-estruturas que têm e que foram construídas de forma ilegal, caso contrário, advertiu que o Estado o fará de forma coerciva.
“O interesse público deve ser salvaguardado. As construções devem ser autorizadas, devem ser feitas em locais apropriados. Não é à toa que existem planos directores das cidades e as chamadas licenças de obra.
Quem não tem licença de obra não tem que construir”, apontou, acrescentando ainda que “estes dois grandes projectos visam beneficiar milhões de cidadãos angolanos desta cidade de Luanda, não podem ser prejudicados por uma minoria. Temos que defender o interesse da maioria, este é o princípio da democracia”.