A Polícia nacional está a ser acusada de inviabilizar a realização de uma marcha do projecto político PRA-JA Servir Angola, de Abel Chivukuvuku, no último sábado 28
A Polícia Nacional está a ser acusada de inviabilizar a realização de uma marcha do projecto político PRA-JA Servir Angola, de Abel Chivukuvuku, no último sábado 28. O acto de proibição, segundo a organização da marcha, terminou com o lançamento de gases lacrimogéneo e o ferimento de mais de uma dezena de pessoas.
Entretanto, num comunicado, distribuído ontem, à imprensa, a que OPAIS teve acesso, a coordenação do projecto político não legalizado PRA-JA Servir Angola tornou público que, no mesmo dia, o seu coordenador geral, Abel Chivukuvuku, e seus apoiantes, davam início a uma marcha programada, partindo do largo da ENDE, São Paulo, para o com- plexo de eventos Magnólia, onde estava programada uma palestra sobre as autarquias.
A marcha, segundo o documento, não tinha ainda percorrido 100 metros, quando um grupo de agentes da Polícia Nacional, “ostensivamente armado”, sob o comando do chefe das operações do município de Luanda, bloqueou a marcha. Seguidamente, prossegue o documento, os agentes lançaram granadas de gás lacrimogénio e feriram cerca de 17 pessoas, entre os quais membros do projecto político PRA-JA Servir Angola, cidadãos transeuntes e deputados à assembleia Nacional presentes no local.
De acordo com o documento, a acção da Polícia não tem respaldo legal e configura clara violação dos direitos fundamentais dos cidadãos plasmados na Constituição da República de Angola (CRA). “Importa referir que as grana- das de gás lacrimogénio foram lançadas em direcção ao coordenador geral do projecto político PRA-JA Servir Angola que escapou por um tris a acção violenta, repressiva e criminosa dos agentes”, lê-se no documento.
Noutra abordagem, o documento sublinha que a coordenação geral do PRA-JA Servir Angola remeteu a nota informativa, onde constavam todos os por- menores da actividade, à Comissão Administrativa de Luanda e ao Comando Municipal da Polícia Nacional, no dia 26 de Janeiro, devidamente protocolada pelos respectivos órgãos e não recebeu nenhuma comunicação a inviabilizar o referido acto.
Pela ocorrência que deveria envergonhar o Governo de Angola, prossegue o documento, “a coordenação geral do projecto político PRA-JA Servir Angola, não legalizado pelo Tribunal Constitucional, repudia e condena veementemente a acção da Polícia que demostrou claramente não ser uma instituição apartidária e republicana”.
Polícia não reage
Já a Polícia Nacional não reagiu ao comunicado do projecto político não legalizado PRA-JA Servir Angola, apesar de todos os contactos feitos ontem pelo OPAIS