O magistrado do Ministério Público falava durante a dissertação temática sobre o “ Impacto da Convenção da União Africana sobre a Prevenção e Combate à Corrupção no Ordenamento Jurídico Angolano”, inserida no 21º aniversário deste compromisso assumido pela República de Angola, em 2003.
Para Deodato Inácio, este exercício deve contar com a participação de todas as forças vivas da sociedade, pois, este fenómeno provoca efeitos negativos na vida das instituições públicas e privadas, incluindo as famílias, cujo processo prejudica o desenvolvimento social e económico das comunidades.
O sub-procurador-geral no Huambo afirmou que a corrupção pode alcançar situações comprometedoras de causas jurídicas, económicas e administrativas daí o facto de a prevenção ser conjunta, através do envolvimento da população e dos gestores públicos, mediante denúncias com evidências e provas, para desencorajar actos desta natureza.
Deodato Inácio disse que a província do Huambo só pode ficar livre destes actos anti-sociais, se a população e os gestores públicos forem responsáveis, honestos, comprometidos com as causas da justiça social, dedicados e empenhados nos esforços laborais, com rectidão, para a promoção do desenvolvimento sustentável.
Apelou aos gestores públicos a preservarem os meios do Estado e o uso correcto dos mesmos, bem como demonstrar atitude íntegra e a conservação permanente da imagem das instituições governamentais, para o pleno funcionamento das instituições, de acordo com a Angop.
Por seu turno, o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas no Huambo, Elmano Francisco, reiterou a necessidade de se divulgar todas as formas e métodos de combate à corrupção, para que a população e os gestores públicos, possam participar neste esforço de erradicação deste fenómeno.
Precisou que a luta contra estes actos atingiram níveis satisfatórios e o Governo está, cada vez mais, comprometido com esta causa, para providenciar o desenvolvimento sustentável e a de fesa incontornável dos interesses nobres da população.
Na província do Huambo, foram registados casos de corrupção, peculato, crimes de participação económica e negócios, que muitos dos processos se encontram em tramitação e outros já julgados pelo Tribunal.
A PGR tem sob seu controlo 92 processos de corrupção e conexos em instrução, dos nove arquivados por falta de provas e dois introduzidos em juízo.