fonte do Jornal OPAÍS junto da Procurado- ria-geral da República de Angola (PGR) segredou que as autoridades angolanas não emitiram (ainda) nenhum pedido de extradição do cidadão angolano Gerson Eugénio Quintas “Mangena”, detido em Moçambique. A mesma fonte diz não descartar que o indivíduo em causa venha a ser deportado por entrada ilegal naquele país
O Grupo Parlamentar da UNITA emitiu, na passada Quinta-feira, 2, um comunicado em que manifestava estar “profundamente preocupado” com a situação do cidadão angola no Gerson Eugénio Quintas, também identificado por “Man Gena”, que se encontra agora em Moçambique, juntamente com a família, em busca de asilo político.
O cidadão em causa usou as redes sociais, em Janeiro último, para acusar altas patentes da Polícia Nacional e dos Serviços de Investigação Criminal de envolvimento no narcotráfico, uma denúncia prontamente desmentida pelo ministro do Interior, Eugênio Laborinho, na Assembleia Nacional. O Grupo Parlamentar da UNITA deu ainda eco às denúncias de Clemência Suzete Vumi, mulher de “Man Gena”, que diz estar presa, grávida, com o marido e dois filhos menores, numa esquadra, encontrando-se sob custódia da Polícia de Moçambique e na iminência de serem extraditados para Angola, situação que colocará as suas vidas em risco.
Em função do comunicado produzido pelo Comité Permanente da Comissão Política do maior partido na oposição, o jornal OPAÍS ouviu uma fonte da Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR), que referiu que existem vários processos contra Gerson Eugénio Quintas, tendo mencionado o de furto, para manifestar a sua preocupação referente ao número elevado de cidadãos angolanos naturais da província de Cabinda a pedir asilo político naquele país helvético.
Em Cabinda, o diplomata suíço avaliou as possíveis áreas de cooperação, já que a pretensão é estabelecer laços de amizade e de acrescentando que este encontra- se em liberdade provisória. A fonte que vimos citando disse ainda que não há qualquer pro- cesso de extradição contra o cidadão em causa, e para que haja um processo de extradição são necessárias diligências administrativas e diplomáticas culminando com uma decisão de um Tribunal daquele país, o que nunca foi feito.
Por outro lado, esclareceu a fonte, Moçambique é livre de deportar o cidadão em causa por alegadamente se encontrar em situação de imigração ilegal naquele país – não sendo –, por isso, necessariamente uma acção que resulte de um pedido feito pelas autoridades angolanas. “Porque o jovem está em situação ilegal naquele país. Agora, ao nível da PGR, não há qualquer movimentação nesse sentido”, elucidou.