O caso que envolve altos funcionários da administração Geral tributária, supostamente envolvidos no desfalque de mais de sete mil milhões de kwanzas, face ao envolvimento no esquema de pagamentos por compensação, relativamente ao reembolso do IVa, continua em instrução na PGR
À margem do encontro sobre “O Legado da Mulher no Sistema Jurídico Angolano”, realizado ontem pela PGR, o titular da pasta, Hélder Pitta Gróz, garantiu à imprensa que o caso dos desvios dos mais de sete mil milhões de kwanzas, também conhecido como caso AGT, continua a sua instrução, sendo que os magistrados e oficiais de Investigação Criminal estão empenhados, no sentido de se apurar a verdade.
O procurador apontou algumas dificuldades que estão a causar constrangimentos na investigação. “Dificuldades há, porque são crimes informáticos, são crimes em que foram usados meios vitais, isso para nós é uma novidade no tratamento desse processo e da recolha de prova, porque nem sempre temos os equipamentos e os meios adequados para um trabalho mais eficaz nesse sentido, mas todo o esforço está a ser feito para que consigamos apurar, de facto, o que se passou”, disse.
Relativamente aos demais casos de denúncias sobre desvios de fundos públicos, como é o caso de Ministério do Ambiente e do Instituto Nacional de Bolsas de Estudos (INAGBE), Hélder Pitta Gróz fez saber que não existem ainda processos formalizados.
“São denúncias públicas de que tivemos conhecimento, estamos a trabalhar nessas denúncias para vermos se de facto têm alguma veracidade ou não, para a partir daí podermos seguir para o processo- crime”, avançou.