Antes foram ouvidos os planos de acção das quatro candidatas à presidência da organização, duas delas, Adji Morgane e Tulia Ackson, revelaram ao jornal OPAÍS as linhas orientadoras por que vão assentar as suas acções caso de ser a eleita
A 147ª Assembleia da União Interparlamentar, que vinha decorrendo desde o dia 23, encerra hoje, em Luanda. A candidata do Senegal à presidência da UIP, Adji Morgane, disse estar munida de experiência suficiente para liderar a maior montra parlamentar do mundo, tendo como foco a paridade e a elevação da mulher na organização.
Revelou que ao longo da sua carreira como deputada e membro da UIP granjeou considerável experiência, sobretudo em governança ao mais alto nível dentro da União Interparlamentar. “Fui membro do comité executivo, membro do comité de finanças e, sobretudo, membro do gabinete das mulheres”, disse, ressaltando que são cargos com os quais granjeou considerável maturidade.
A candidata é também vice- presidente cessante da organização, o que a torna a mais elegível entre as candidatas. Referiu que tem em agenda projectos grandiosos para a organização, mas a sua principal visão as- senta na promoção da diplomacia parlamentar, na promoção da paz mundial e o desenvolvimento. Salientou que, mais do que isso, é uma candidata que está compro- metida com as causas da humanidade, e que pretende realizar uma magna conferência com a participação de todos os Estados-membros para abordar a situação da mulher, que é a sua principal divisa.
“Uma melhor representação da mulher quer ao nível da UIP, assim como nos diversos organismos dos aparelhos dos Estados”, afirmou Adji Morgane, para quem a mulher sempre esteve no centro das grandes decisões.
Candidata da Tanzânia quer UIP mais transparente
Por seu turno, a candidata da Tanzânia, Tulia Ackson, almeja promover uma UIP mais eficaz, transparente e responsável. A sua visão enquanto presidente da organização, disse, assenta em garantir a implementação das resoluções e decisões da UIP, defender a resolução equitável nos parlamentos nacionais com principal foco nas mulheres, jovens e grupos marginalizados.
Tulia Ackson pretende ainda promover a participação e representação eficaz dos grupos geopolíticos nos órgãos da UIP, bem como proporcionar uma liderança que contribua para um mundo mais inclusivo, sustentável e em paz. Estão ainda a concorrer para a presidência da UIP Catherine Gotani Hara, do Malawi, e Maria Abdibashir Hagi, da Somália.