Questões como o papel, o histórico e o desempenho da Igreja Católica em Angola dominaram ontem, em Dushanbe, Tajiquistão, o encontro entre a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, e o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin.
No encontro, que decorreu no Complexo Presidencial do Tajiquistão, a Vice-Presidente Esperança da Costa expressou, igualmente, o desejo de uma visita do Papa Francisco a Angola. Por sua vez, e sem avançar datas, Cardeal Pietro Parolin considerou tratar-se de um pedido do Governo angolano e da população, que será transmitido ao Papa Francisco.
Término de um périplo
Também ontem, a Vice-presidente da República, Esperança da Costa, participou em Dushanbé, Tajiquistão, no Primeiro Festival de Água, que serviu para celebrar a água e os glaciares como base da vida, do bem-estar, da prosperidade e do desenvolvimento sustentável.
O evento, bastante concorrido, marcou, igualmente, o fim da visita da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, no Tajiquistão. Angola colheu experiência de Tajiquistão na racionalização de água em barragens.
A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, que está naquele país da Ásia Central, visitou a maior barragem da região e que existe há mais de cinquenta anos.
Para além da gestão de água, Angola quer também colher experiências científicas e técnicas sobre barragens. A visita de Esperança da Costa antecedeu a reunião sobre as melhores práticas de recursos hídricos abertas na seguda-feira(10) em Dushanbe, a capital de Tajiquistão.
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Ainda naquele país, a Vice-presidente da República apresentou, na última terça-feira, os investimentos e as acções que o Governo angolano está a desenvolver no domínio da transição energética e na gestão dos recursos hídricos.
Falando na abertura da 3.ª Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Década Internacional de Acção “Água para o Desenvolvimento Sustentável” 2018- 2028, a Vice-presidente da República, Esperança da Costa, destacou o Plano Nacional de Água (PNA), adoptado por Angola, para apoiar a implementação nacional dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS6).
Esperança da Costa considerou o Plano Nacional de Água como um dos grandes desafios do Governo angolano, na medida em que estabelece alguns eixos fundamentais, nomeadamente o planeamento integrado dos recursos hídricos do país, o estabelecimento de um programa de investimentos infra-estruturais de carácter nacional, apoiando o desenvolvimento do “cluster” da água, o fortalecimento e modernização do quadro institucional, o reforço da legislação e o estabelecimento das parcerias público-privadas, com o apoio do desenvolvimento da tecnologia e inovação.
Considerou fundamental a participação das comunidades locais na gestão de água e saneamento, alegando que o país está a implementar a Estratégia Nacional de Saneamento Total Liderado pela Comunidade e Escola 2019-2030, com o apoio da UNICEF.
Disse ainda estarem em curso, no país, iniciativas de longa duração, visando a melhoria da governança da água e o fortalecimento da segurança hídrica e energética.