Os moçambicanos residentes em Angola não vão exercer, hoje, o seu direito de voto devido ao número reduzido da comunidade local que é apenas 930 cidadãos.
A garantia foi dada, hoje, ao jornal OPAIS, pela presidente da Associação dos Moçambicanos Residentes em Angola, Orlanda Silva.
Apesar da situação, a líder associativa disse que, hoje, representa um dia de “profunda” reflexão para a comunidade do seu país que espera por mudanças com as eleições de hoje que vão escolher um novo Presidente e partido político que deverá governar Moçambique nos próximos cinco anos.
Mais de 17 milhões vão às urnas
Entretanto, mais de 17,1 milhões de moçambicanos vão hoje às urnas, em eleições gerais, que além do parlamento e governadores provinciais escolhem um novo Presidente da República para suceder a Filipe Nyusi, no cargo desde 2015.
As urnas abriram em todo o país às 07:00 e fecham às 18horas, tendo a Comissão Nacional de Eleições (CNE) recenseado 17.163.686 eleitores, incluindo 333.839 que vão votar em sete países africanos e dois europeus.
Sem Filipe Nyusi
As eleições gerais de hoje incluem as sétimas presidenciais , às quais já não concorre o actual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Concorrem à Presidência da República Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceira força parlamentar), Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975), Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, e Ossufo Momade, com o apoio da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição).
Publicação dos resultados
A publicação dos resultados da eleição presidencial pela CNE, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.
Domingos Bento com agência