Sob o lema: “Inclusão e Participação da Mulher como Pressuposto de Desenvolvimento”, teve lugar no salão nobre da Administração Municipal de Malanje, o VIIIº Encontro das mulheres da ADRA e das instituições parceiras, que contou com a participação de 37 mulheres, representantes de instituições e de organizações da sociedade civil
Por: Miguel José, em Malanje
A Antena Malanje da Acção para Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) realizou, recentemente, o 8º Encontro das Mulheres e Instituições Parceiras, em que foram abordadas aspectos ligados à governação, políticas públicas e sociedade civil. O encontro ocorreu no âmbito da intervenção ADRA em ponderação à extensão de procedimentos equitativos que favoreçam o desenvolvimento integral de mulheres e homens, através de processos sócioprodutivos inclusivos, desenvolve por meio de programas e projectos assentes em princípios de igualdade e equidade de género.
Para o director da ADRA – Antena Malanje, Fernando Santos, o encontro das mulheres da ADRA e instituições parceiras, constitui um espaço fundamental no qual grupos de mulheres discutem temas de interesse específico, tendo como referência as suas características e necessidades especiais. Porém, segundo a organização que representa, os problemas das mulheres dizem respeito a todas, daí a necessidade de partilhar a experiência, abordar as boas práticas e promover o debate, na perspectiva de que o progresso e o desenvolvimento do país são possíveis somente com a participação de todos. “É preciso uma acção coordenada entre as instituições e as organizações, porque todos nós queremos que Angola seja forte e inclusiva”, salientou.
O administrador municipal de Malanje, João de Assunção, em cuja intervenção enalteceu as acções do executivo angolano que visam a promoção do género e um maior aproveitamento das valências da mulher para o processo de desenvolvimento do país.
Acentuou também a necessidade da mulher continuar a desempenhar o seu papel na sociedade, cultivando e transmitindo valores positivos que sirvam de exemplo para as futuras gerações. João de Assunção aproveitou a ocasião para citar a Constituição da República de Angola que estabelece o princípio da igualdade, segundo o qual, ninguém deve ser prejudicado, privilegiado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever, em razão do género.
Porém, exortou a necessidade de o Estado continuar a assegurar cada vez mais espaços para melhorar a intervenção das mulheres nos esforços tendentes a promover o seu bem-estar e de todos angolanos. “Actualmente, Angola figura entre os países africanos que detêm uma maior participação feminina na assembleia nacional e nos órgãos de decisão”, salientou.
– Assim, exaltou a satisfação de ver a mulher bem representada no parlamento, nos tribunais e nos órgãos da administração do Estado, a todos os níveis. De igual modo, admitiu que apesar das suas tarefas domésticas e institucionais, as mulheres têm sabido responder positivamente aos desafios quotidianos.
Contudo, apelou às mulheres para que face às suas responsabilidades, evitem práticas tradicionais negativas que afectam o processo de promoção da igualdade no género, continuem a trabalhar para a melhoria do seu nível académico, participando activamente em diferentes programas ou projectos públicos e privados, para o seu permanente crescimento e valorização social. Sob