A secretária-geral da Organização da Mulher Angolana, Joana Tomás, repudiou, Sábado último, em Benguela, o abuso sexual de que foi vítima, no passado dia 18 deste mês, o cadáver da jovem Geovane Gonçalves, de 22 anos de idade, no Cemitério Municipal da Catumbela
Falando em acto político de massas, no largo Primeiro de Maio, na Catumbela, momentos após a marcha de repúdio, a dirigente política instou a Polícia Nacional e outros órgãos afins que trabalhem afincadamente para que identifiquem os autores daquilo que qualifica de crime “bárbaro” e que, nos termos da lei, venham a ser exem- plarmente punidos pela prática.
Joana Tomás diz que a sua organização está solidária para com a família da jovem Geovane e assegura acompanhamento milímetrico de todo o processo, por considerar inconcebível actos de profanação de cadáveres daquela magnitude. A aludida marcha, que teve início às 7h30 de Sábado, 26, partiu dos bambús (marginal), percorreu algumas artérias da vila e terminou no Cemitério Municipal da Catumbela, o campo santo onde as profanações têm ocorrido.
Deputada à Assembleia Nacional, Deolinda Valiangula não conhece as razões de um ser humano, no pleno gozo das suas faculdades mentais, atentar contra um cadáver a ponto de o abusar sexual- mente, daí que se tenha juntado à causa da organização feminina do seu partido, a fim de que actos dessa natureza não se voltem a repetir e que os mortos tenham o descanso de que precisam. Por sua vez, o secretário para in- formação do comité municipal de Benguela, António Carvalho, afirma que actos como os que ocorreram no dia 18 são, a todos os níveis, reprováveis e, por conseguinte, devem levar a sociedade a fazer uma introspecção.
Como cidadão, repudia veemente- mente a atitude de quem tenha abusado sexualmente o cadáver de Geovane. O também sociólogo junta-se à voz da secretária- geral da OMA e defende uma responsabilização exemplar para os prevaricadores. Recorde-se que, no passado dia 18, o cadáver de uma jovem, de 22 anos de idade, que, em vi- da, respondia pelo nome de Stela Geovane Carvalho Gonçalves, foi desenterrado e, de seguida, abusado sexualmente, no cemitério da Catumbela, por indivíduos ainda não identificados. Os autores teriam usado uma lâmina para cortar a roupa interior que se tinha vestido ao cadáver, com o propósito de ter acesso aos órgãos genitais – determinaram o exame médico forense.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela