O Bureau Político do MPLA lamentou esta terça-feira, em Luanda, a morte do jornalista Domingos Oliveira “Yaya”, de 78 anos de idade, ocorrida recentemente na capital do país. De acordo com uma nota, este órgão considera que o “seu desaparecimento físico deixa um grande vazio dentro dos militantes de primeira hora do MPLA”.
Com um assinalável passado histórico no amplo movimento para a libertação nacional, do qual foi guerrilheiro, o MPLA considera Domingos Oliveira uma figura de múltiplas qualidades, a exemplo do mundo das artes em que teve uma memorável incursão cuja memória os angolanos sempre irão recordar, com o mais alto valor político e patriótico.
Esclarece que o político e homem de cultura era detentor de uma profunda veia revolucionária e patriótica, que se entregava de forma destemida, dedicada e heróica às mais nobres causas do MPLA, que aderiu em 1962, a partir de Matadi, no Baixo Congo Leopoldville. Foi condecorado com a medalha “Mérito Militar de Segunda Classe”, bem como promovido ao grau militar de brigadeiro das Forças Armadas Angolanas (FAA).
O MPLA considera o malogrado um verdadeiro patriota, conhecedor profundo do passado glorioso do partido no poder, bem como de muitos ilustres filhos de Angola. Pelo infausto acontecimento, lê-se, o BP do MPLA curva-se perante à memória do malogrado, endereçando à família enlutada, sentimentos de pesar. Das muitas valências do falecido, destaca a participação, na qualidade de actor principal, no filme “A vida verdadeira de Domingos Xavier”, de Luandino Vieira.