Os partidos políticos MPLA e a UNITA lamentam e repudiam a alegada atitude de negligência, que envolve o corpo clinico em serviço na madrugada da última Terça-feira, 19, no Hospital Américo Boavida, tendo na sequência falecido à porta daquela unidade hospitalar o cidadão João Soma, de 25 anos de anos de idade
Diante dessa triste e condenável situação manifesta, o Comité Provincial do MPLA em Luanda lamenta o sucedido e endereça à família enlutada em particular e aos luandenses em geral os mais sinceros sentimentos de pesar por essa dura perda, que deixa a todos de luto.
“O Secretariado da Comissão Executiva do MPLA em Luanda reafirma o seu compromisso com a humanização dos serviços e o respeito à dignidade humana, sobretudo no respeito à vida, como um bem que deve ser preservado acima de tudo, ao mesmo tempo augura que os implicados, uma vez inquiridos os factos, sejam exemplarmente responsabilizados”, repudia o MPLA.
Na sequência e no mesmo espírito, a UNITA entende que incidentes reiterados como estes só acontecem porque o Serviço Nacional de Saúde apresenta graves debilidades estruturais e, sobretudo, não coloca a vida da pessoa humana no centro das atenções.
O partido do Galo Negro lembra que a Constituição da República de Angola, para além de estabelecer que o Estado respeita e protege a vida da pessoa humana, que é inviolável, no seu artigo 77º sobre saúde e protecção social estabelece que o Estado promove e garante as medidas necessárias para assegurar a todos o direito à assistência médica e sanitária, bem como o direito à assistência na infância, na maternidade, na invalidez, na deficiência, na velhice e em qualquer situação de incapacidade para o trabalho, nos termos da Lei.
“A defesa da vida e o dever de servir com humanismo e dignidade não se compadecem com meros discursos e desculpas públicas, pois é inaceitável, injustificável e inexplicável a ocorrência reiterada dessas situações que nos diminuem como Povo e Nação com vocação de solidariedade”, escreve a UNITA.
Desse modo, insta a Procuradoria-Geral da República no sentido de identificar os autores de mais uma acção criminosa, sejam médicos, enfermeiros, seguranças ou maqueiros e a promover o correspondente processo de responsabilização criminal.
Neste momento de luto e dor, o Grupo Parlamentar da UNITA em nome de todos os seus deputados, consultores, assessores, assistentes e funcionários inclina-se perante a memória do malogrado e endereça à família enlutada os mais profundos sentimentos de pesar.