A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, disse que a agenda política de 2023 do seu partido, apresentada hoje, sábado, 11, na cidade do Cuito, província do Bié, visa também responder a críticos do seu partido de que, no seio da agremiação, não há democracia interna.
A agenda do MPLA para 2023 assenta em dez eixos estratégicos, entre outros aspectos, trabalhar mais e comunicar melhor, melhorar a organização do partido e a sua inserção na sociedade, aproximar mais a governação ao cidadão, melhorar os métodos de trabalho e de mobilização dos jovens e das mulheres, aprofundar a democracia interna no partido e nas organizações sociais, acentuando o cumprimento dos estatutos e regulamentos (…), promover o sentido de amor ao MPLA e o compromisso com o partido, respeito pela diversidade de opiniões.
“Promover e assegurar uma governação de qualidade, com ênfase no controlo executação das despesas públicas em prol do desenvolvimento das populações”, sublinha a vice-presidente do MPLA, para quem tal vai implicar coragem, de modo a encarar-se os méritos e deméritos dos camaradas, sublinha a número 2 dos camaradas.
Falando aos seus correligionários no pavilhão gimnodesportivo do Sporting, a dirigente política refere que o documento resulta de uma aprofunda reflexão interna dos seus membros, depois de o povo ter, uma vez mais, renovado a confiança política em João Lourenço e no seu MPLA, por via do voto, permitindo-lhe governar com maioria absoluta, pelo que o MPLA deve estar mais nas comunidades.
Em declarações à imprensa, à margem da apresentação, a responsável acentuou que os dez eixos, consubstanciados, fundamentalmente, na necessidade de maior apoio ao MPLA, “mais inserção (deste) na sociedade, porque o MPLA é com Angola e com os angolanos.
Muitas são as realizações que têm sido feitas”, realça.
Dirigindo-se aos militantes, amigos e simpatizantes do partido, num discurso em que não faltou referência à paz, por ter promovido desenvolvimento no país, fundamentalmente na cidade da reconciliação, Cuito, colocou, igualmente, o acento tônico na democracia interna para calar as vozes de alguns críticos ao partido que, volta-e-meia, acusam o MPLA de ser avesso à pluralidade de opinião.
“Se olhar para o nosso estatuto, vai perceber que a democracia interna tem sido exercitada. O nosso partido permitem a multiplicidade de candidaturas”, justifica.
Na quinta maior praça política do MPLA a nível do país, a vice-presidente do partido dos camaradas manifestou o desejo de os governantes continuarem a apostar seriamente na comunicação, longe dos monólogos, a julgar pela velocidade da redes sociais, daí que se tenha chamando atenção aos membros do governo para serem eles próprios os actores desta perspectiva do partido.
Numa só palavra, acentua Luísa Damião, “a tónica é mesmo trabalhar mais e comunicar melhor”, na medida em que há um compromisso muito grande para com os angolanos.
A vice de João Lourenço desafia as organizações sociais do seu partido, designadamente a JMPLA, a estarem mais viradas para os seus públicos, cumprindo, rigorosamente, os seus papéis na componente mobilizadora.
POR: Constantino Eduardo, enviado ao Bié