Risco político desceu com a eleição de João Lourenço, argumenta a agência de notação financeira, considerando que “uma descida do ‘rating’ é improvável nos próximos anos”.
A agência de notação financeira Moody’s considera que uma descida do ‘rating’ de Angola é improvável, argumentando que o crescimento deve manter-se positivo e que o risco político desceu com a eleição de João Lourenço. “Uma descida do ‘rating’ é improvável nos próximos anos, o crescimento deve manter-se positivo, o sector petrolífero deve crescer moderadamente até 2022, e apoiar a gradual recuperação, ainda que abaixo da média da década passada”, disse a Moody’s à Lusa.
“O risco político baixou com uma sucessão presidencial pacífica e com sucesso”, acrescentaram os analistas nas respostas às questões colocadas pela Lusa. “As vulnerabilidades do país surgem do nível de dívida relativamente elevado, uma grande parte de dívida em moeda estrangeira, grandes necessidades de financiamento e uma grande dependência de uma só matéria- prima como fonte de receitas externas”, afirmam.
Para a Moody’s, o processo de ajustamento à nova realidade dos preços baixos do petróleo começou ainda antes das eleições de Agosto, cujo resultado garante “a estabilidade política e a continuidade das políticas económicas”. O Presidente, acrescentam, “entrou no primeiro mandato no meio de desafios orçamentais e sociais significativos”, mas as autoridades conseguiram implementar um ajustamento forte depois do choque petrolífero, principalmente alicerçado em cortes na despesa”.
A perspectiva de evolução estável, em B2, abaixo da recomendação de investimento, ou ‘lixo’, como é geralmente conhecida, “mostra os riscos negativos colocados por grandes desequilíbrios internos e externos, que melhoraram”, diz a Moody’s, concluindo que “o crescimento deverá manter-se positivo até à próxima década”.