O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reafirmou ontem, em Djibloho, Guiné Equatorial, o empenho de Angola na pacificação da República Democrática do Congo (RDC) e do Sudão
Segundo o ministro, que falava à imprensa, no quadro da V Sessão Extraordinária da Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), que acontece na sexta-feira, 15, Angola continua focada e empenhada no fim dos conflitos e das crises políticas nos dois países, em particular, e, no geral, em África.
Téte António disse, de acordo com a Angop, que, apesar da situação prevalecente no Gabão, foco da cimeira da CEEAC, Angola não virou “costas” à RDC, país que continua a merecer uma atenção especial tendo em conta o papel de Angola nas regiões dos Grandes Lagos e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Em relação à cimeira da CEEAC, Téte António adiantou que servirá para se apreciar os resultados dos contactos do mediador indicado em Setembro deste ano, o Presidente da República Centro-Africana, e a implantação das decisões saídas no conclave de Setembro.
A V Sessão Extraordinária da Cimeira da CEEAC será antecedida, na quinta-feira, 14, da reunião do Conselho de Ministros, no quadro do Conselho de Paz e Segurança da África Central (COPAX) sobre a transição política no Gabão.
A agenda de trabalho da reunião dos ministros reserva, entre os vários pontos, a análise das informações dos enviados especiais sobre os desenvolvimentos da facilitação da CEEAC no Gabão e do presidente da comissão da CEEAC sobre a implementação da decisão relativa à deslocalização temporária da sede da Comunidade para Malabo (Guiné Equatorial).
O Gabão foi suspenso e afastado da liderança do órgão, em Setembro deste ano, na sequência do golpe de Estado que afastou o Presidente Ali Bongo Ondimba do poder por um grupo de militares.
Para o efeito, a CEEAC indigitou o Presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadera, como mediador da crise, aprovando ainda a transferência temporária da sede e da presidência do Gabão para a Guiné Equatorial.
Após a indigitação como facilitador da organização para dialogar com a sociedade civil gabonesa, actores políticos e Forças Armadas, o Presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadéra, deslocou-se ao Gabão, onde foi recebido pelo general Brice Oligui Nguema, novo homem forte do Gabão depois do golpe.