Em nota a que OPAÍS teve acesso, o Ministério das Relações Exteriores informa que o Governo da República de Angola acompanha com grande preocupação o recrudescimento do conflito israelo-palestiniano, cuja situação registou um profundo agravamento desde o passado dia 07 de Outubro deste ano.
“Neste contexto, o Ministério das Relações Exteriores da República de Angola, através da sua Embaixada em Tel-Aviv, prepara-se para proceder a evacuação de seis (06) cidadãos angolanos não-residentes naquele país, que deverão ser transportados em vôo comercial a partir da capital do Estado de Israel”, lê-se.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores da República de Angola informa que os restantes cidadãos angolanos residentes em Israel se encontram em segurança e fora das áreas afectadas pelo conflito e que continuará a acompanhar a evolução da situação naquele país. No mesmo documento que vimos citando, refere que o Ministério das Relações Exteriores da República de Angola aproveita a ocasião para agradecer o Governo da República Portuguesa pela total disponibilidade manifestada em transportar os cidadãos angolanos.
De referir que o conflito entre Israel e Palestina dura décadas. Na sua forma moderna, conforme consulta deste jornal, remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na Palestina, sob mandato britânico. A proposta foi aceite pelos líderes judeus, mas rejeitada pelo lado árabe e nunca foi implementada.
Sem capacidade de resolver a situação, os governantes britânicos partiram e o Estado de Israel foi proclamado pelos líderes judeus no ano seguinte, causando revolta entre os palestinos e resultando na Guerra árabe-israelense de 1948. No último Sábado, o Hamas bombardeou Israel, sendo um ataque surpresa considerado até ao momento um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. Há centenas de mortos e feridos.
Os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”. Ao reivindicar a ofensiva, o grupo afirmou que se trata do início de uma grande operação para a retomada do território.