O chefe da diplomacia angolana, Téte António, assumiu, ontem, a liderança do Conse- lho durante a reunião que antecede a 43ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da organização regional, que acontece voltada ao capital humano e à industrialização da região
No seu discurso, após tomar posse como novo o presidente do Conselho de Ministros da SADC, Téte António felicitou o seu antecessor, Antipas Mbusa Nyamwisi, ministro da Integração Regional e Francofonia da República Democrática do Congo, a quem congratulou pela sua liderança na direcção do órgão. Referiu na ocasião que a necessária transformação da conferência da coordenação para o desenvolvimento da África Austral, vulgo SADC, numa comunidade virada à integração regional, redefiniu o foco e missão que passou a incluir uma agenda voltada para a cooperação e desenvolvimento económico sustentável das economias dos países membros.
A medida que se continua a desenvolver e consolidar as economias nacionais, alinhadas aos objectivos da organização, nomeadamente a erradicação da pobreza, elevar os padrões de vida, promoção do emprego produtivo, gestão sustentável dos recursos naturais e aprimorar a complementaridade entre as estratégias nacionais e a agenda regional, os Estados regozija-se dos progressos alcançados cujos dados são encorajadores, afirmou Téte António.
Salientou igualmente que, no período correspondente a 2021 a 2022, e não obstante os desafios que a região enfrenta face o contexto global adverso, regista-se um crescimento económico em media de 4,8 porcento, em 2022, ligeiramente acima dos 4,7 porcento em 2021. Destacou a redução dos défices orçamentais em vários Estados membros, o que, segundo Téte António, reflecte uma gestão orçamental prudente num contexto de repartições e choques negativos, e o défice do balanço corrente em percentagens do PIB da região, que melhorou ligeiramente de 4,3% em 2021, para 4,1% em 2022.
Para o presidente do Conselho de Ministros da SADC, embora os dados acima mencionados sejam encorajadores, ainda há muito por se realizar em busca do aprofundamento do processo de industrialização dos Estados membros, uma vez que os riscos que pesam sobre as previsões tendem para o lado negativo.
Reunião fechada
A reunião do Conselho de Ministros, que decorreu à porta fechada, analisou assuntos relativos ao apoio financeiro, instrumentos jurídicos de cooperação da região, bem como a avaliação sobre a implementação do processo de reestruturação da SADC. Trata-se da terceira vez que Angola assume a presidência rotativa da organização, cargo que já ocupou em 2002-2003 e 2011-2012, respectivamente.
A cerimónia da passagem da pasta do Conselho de Ministros decorreu no quadro da 43ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, que decorre até ao próximo dia 17 do corrente mês sob o lema: “Capital humano e financeiro: Os principais factores para a industrialização sustentável da região. A passagem de pasta foi orientada pelo ministro da Integração Regional e Francofonia da República Democrática do Congo, Antipas Mbusa Nyamwisi.