O governante falava durante o início da campanha de colheita de trigo, decorrido na fazenda Luvili, comuna da Luvemba, município do Bailundo, nos corredores Norte da província do Huambo.
O governante disse que o combate ao abate indiscriminado de árvores no país não passa pelo aumento de fiscais florestais e nem de meios técnicos, mas sim pela mudança de consciência e de comportamento dos angolanos, que têm facilitado os estrangeiros na invasão das florestas em todo o território nacional.
O governante admitiu existir províncias como Benguela, Cuando Cubango, Cuanza-Norte e Moxico, com um quadro mais complexas e delicado, do ponto de vista da destruição das florestas nativas.
Disse que esta acção precisa de intervenção de todas as forças vivas da sociedade, desde a comunidade, as autoridades tradicionais, órgãos de defesa e segurança, na fiscalização dos perímetros do país, para salvar a Pátria que está a ser “dizimada” com o envolvimento directo dos próprios angolanos.
Explicou que só desta forma se poderá punir todas as infracções que forem registadas e cometidas por indivíduos e empresas autorizadas ou não a explorar de madeira no país, pois a correcção de um mau comportamento de cidadãos, não pode ser tarefa do Ministério da Agricultura e Florestas do aumento de fiscais, mas sim de uma actuação conjunta.
António Francisco de Assis lembrou que na Lei das Florestas, o estrangeiro não tem direito às licenças de exploração florestal, que é atribuída apenas às empresas angolanas.
Disse estarem a decorrer, nesta altura, trabalhos de reorganização do sector, com a tomada de algumas medidas, como apreensão de equipamentos, aplicação de multas e levar às barras dos tribunais os cidadãos infractores, para desencorajar tais actos no país.
No Huambo, existem três empresas de exploração florestal em regime de concepção, atribuídas pelo Estado Angolano, por via do Ministério da Agricultura Florestas, nomeadamente a Estrela da Floresta, Macro- Service e a Reformem Reflorestamento.