A ministra do ensino Superior, Ciência, tecnologias e Inovação, Maria do rosário bragança, afirmou que todas as instituições da sua tutela têm um papel relevante na preservação da paz
A ministra dirigiu-se aos jovens durante o II Fórum Nacional de Estudantes Universitários de Angola, sob o lema: “Pensar Angola, Juventude Universitária, uma base sólida para o desenvolvimento sustentável do país”, que decorreu em Luanda, numa promoção do Movimento Nacional de Jovens Universitários de Angola (MNJUA).
O acto ocorrido em alusão ao 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, e o 14 do mesmo mês, que assinala o dia da juventude angolana, Maria do Rosário Bragança considerou o evento como sendo de extrema importância, pois a paz deve ser preservada em todas as suas vertentes, sendo os estudantes universitários um forte activo para a manutenção deste bem. “Os estudantes universitários devem ter o conhecimento deste processo e abraçar este desafio. Temos uma geração de jovens, temos 21 anos de paz, provavelmente muitos deles viveram só no período de paz.
É preciso reforçar o papel da educação e do ensino, no caso específico do ensino superior nesta preservação da paz”, manifestou. Entretanto, realçou à comunidade académica a necessidade de haver uma partilha de responsabilidades neste processo, assim como aos ligados à melhoria do acesso à educação, incluindo a preservação daquilo que o Estado disponibiliza como recursos para a educação.
Ano académico não será anulado
Por outro lado, a ministra considerou que a greve é um direi- to constitucionalmente previsto. No entanto, deve ser o último recurso. Desse modo, os estudantes cujos professores aderiram à greve deverão fazer um esforço para recuperar as respectivas disciplinas, mas assegurou que o ano académico não será anulado. “Não se vai anular o ano académico.
A greve é um direito. A adesão à greve é individual e nós temos percepção pelos relatórios que recebemos das instituições. Há, no entanto, instituições em que as actividades estão a decorrer com normalidade. Por esse motivo, não podemos prejudicar os estudantes em que os docentes continuam a ministrar aulas”, defendeu a ministra.
Ainda assim, admite que se vai conseguir encontrar uma solução, porque a penalização recai, sobretudo, para os estudantes, mas o ministério que dirige tem procurado contribuir com tudo que está ao seu alcance no sentido de evitar que a situação chegue ao extremo como se tem verificado até ao presente momento.
Por sua vez, o presidente da MNJUA), José Cerqueira, salientou que o objectivo principal do fórum foi o de contribuir para a formulação de uma estratégia, com vista ao reforço da capacidade técnica dos estudantes universitários no quadro do diálogo social e institucional, bem como no espírito de reconciliação e tolerância, contribuindo deste modo à moralização da classe estudantil, na estabilidade e no desenvolvimento do país.