A promoção do programa nacional do eco-turismo, o reforço do saneamento básico liderado pelas comunidades locais e pelo programa nacional de educação ambiental são, entre outras, as estratégias traçadas pelo ministério do Ambiente para o ano de 2018, de acordo com a titular, Paula Francisco.
Apesar da necessidade do reforço da legislação ambiental em vários domínios, Paula Francisco, que falava durante a cerimónia de cumprimentos de final de ano, referiu estarem lançadas as bases para que a nível nacional se comece a conhecer mais aquilo que são os parques nacionais, no quadro do programa nacional do ecoturismo.
Para o efeito, a governante garantiu apostar na criação de condições para que a actividade do eco-turismo seja desenvolvida nos marcos da preservação ambiental, em que as populações sejam parte integrante dos projectos e beneficiem dos resultados que deles advêm.
“É chegado o momento dos angolanos conhecerem in loco a realidade dos nossos parques nacionais. Os mesmos são áreas de conservação e podem servir de lazer”, referiu Paula Francisco, olhando para o aumento de turistas quer nacionais quer estrangeiros, para uma maior exploração destas zonas. Por outro lado, no âmbito do programa de descentralização dos governos, este sector quer também colmatar os problemas ligados ao saneamento básico, considerado ainda preocupante em algumas localidades, com a integração das comunidades locais em alguns programas já elaborados que serão reforçados com novas acções em 2018, entre as quais, a construção de mais latrinas e o fabrico de sabão caseiro.
Com a Agência Nacional de Resíduos, adstrito ao Ministério do Ambiente e os governos provinciais, pretende-se fortalecer as bases de desenvolvimento da actividade de saneamento básico com as administrações municipais através de formações e de monitorização coordenadas de forma conjunta.
Quanto ao programa de educação ambiental, referiu que o mesmo só será mais abrangente quando houver um maior investimento e valorização do património natural do país, sendo este pilar outra aposta do sector para o próximo ano. “A nossa carteira de projectos é vasta, apenas enumeramos estes para destacar, porque, certamente, estaremos virados para outras áreas”, esclareceu.
A coordenação das estratégias, politicas e programas de gestão sustentáveis dos recursos naturais, o reforço da rede de nacional das áreas de conservação nacional, o programa de qualidade, que versa a qualidade do ar, do solo e da água, foram outros aspectos apontados pela governante.
O reforço de medidas de mitigação de projectos susceptíveis de provocar alterações ao ambiente, a elaboração de programas para equilibrar e reduzir as emissões de gases e estabilizar os de efeitos estufa, são outras acções que constam na agenda de trabalho do Ministério do Ambiente para 2018.
No quadro dos compromissos internacionais, o Ministério do Ambiente vai reforçar a temática sobre os crimes ambientais, com o reforço da capacidade da sua Unidade Nacional de Combate aos Crimes Ambientais, assim como, a implementação de acções em torno do “Estado Geral do Ambiente”, sendo uma das recomendações da Convenção da Diversidade Biológica e no âmbito do Protocolo de Montreal, grande desafio da Emenda de Kigali.
Para o êxito desta estratégia, Paula Francisco garantiu investir na capacitação técnico-profissional dos seus quadros, assim como na melhoria das condições sociais dos mesmos.