A fase zonal a da V edição do Exercício Naval Grand African Nemo, coordenada por angola, inicia esta Quinta-feira, na área portuária de Banana, na República Democrática do Congo (RDC)
No evento, a decorrer até ao dia 14 deste mês, as unidades navais da zona, que integra ainda a República do Congo, desenvolverão os temas “Pirataria Marítima, “Tráfico de Drogas” e “Pesca Ilegal não Declarada e não Regulamentada”, envolvendo, além da área portuária de Banana, as zonas marítimas de Cabinda (Angola), palco das operações de Sexta-feira (13), e Ponta Negra (Congo), onde culminarão os treinos (dia 14).
Ao falar, esta Quarta-feira, em conferência de imprensa, na Base Naval da Marinha de Guerra Angolana (MGA), em Luanda, o capitão-de-mar-e-guerra e porta-voz do exercício, Sebastião Gregório, explicou que o exercício tem por finalidade preparar as forças na- vais dos países do Golfo da Guiné nas acções de combate aos ilícitos no mar e seus conexos, garantindo a segurança marítima e o comércio nessa região, em particular, e no mundo. Fez saber que, na Zona A, as unidades navais interagem com o navio de patrulha Amazona, da República Federativa do Brasil, com a região congolesa de Ponta Negra a albergar o Centro Regional de Segurança Marítima da África Central (CRESMAC).
A delegação angolana integra 65 efectivos da Marinha de Guerra e 145 no total, entre membros da Força Aérea Nacional, Polícia Nacional, Serviço de Migração Estrangeiro (SME), Serviço de Investigação Criminal (SIC), Tropas de Guarda Fronteira, Polícia Fiscal Aduaneira e representantes do Grupo Operativo Multi-Sectorial para Vigilância e Fiscalização Marítima. Antes, explicou, realizou-se (de 4 a 11 do corrente) a fase nacional do exercício Grand African Nemo, ou seja, a sua primeira etapa, do qual 18 países da região realizaram treinamento a nível dos respectivos territórios marítimos.
Neste período, Angola desenvolveu os temas “Poluição Marítima”, na área de Luanda, “Imigração Ilegal”, no Ambriz, província do Bengo, e “Tráfico de Armas”, no Soyo (Zaire). Já na segunda fase, a iniciar esta Quinta-feira, as marinhas e guardas costeiras desses 18 Estados da Região do Golfo estarão divididas por zonas, até 19 deste mês, numa acção mais abrangente que envolverá, aproximadamente, mil e 350 militares, 450 civis, 26 navios e quatro aeronaves.
Participantes Participam do exercício São Tomé e Príncipe, Camarões e Gabão (Zona D), Togo, Benin e Nigéria (Zona E), Serra Leoa, Libéria, Cote d’Ivoire e Ghana (Zona F), Cabo Verde, Senegal, Gâmbia, Guiné- Bissau e República da Guiné (Zona G) e Angola, República do Congo e RD Congo (Zona A).
Segundo o porta-voz, os treinos contam com seis parceiros do Atlântico Norte e Sul, nomeadamente os Estados Unidos da América, a Inglaterra, França, Itália, Espanha e o Brasil. O Grand African Nemo é um exercício anual consubstanciado ao código de conduta de Yaoundé (Camarões) dirigido às forças navais dos países do Golfo da Guiné, tendo em conta a segurança marítima e o comércio na região e não só.