O coordenador da Comissão instaladora do projecto político ‘‘esperança’’, Mfuca Muzemba, manifestou ontem o seu apoio ao presidente João Lourenço no combate à luta contra a corrupção e à impunidade, considerando estes males como grandes entraves ao desenvolvimento do país. o político fez estas declarações na abertura do ano político da sua organização, sob o lema “transformar para Desenvolver”
Mfuca Muzemba alertou para o actual contexto socioeconómico do país, que considera “excessivamente agressivo” para garantir a qualidade de vida aos cidadãos. Segundo o jovem político, a realidade dos angolanos é marcada por imensas dificuldades, promessas não cumpridas e um ambiente que desmotiva aqueles que aspiram à mudança.
“Se estivéssemos realmente bem, não estaríamos a ver jovens a deixarem o país e a ver no estrangeiro a solução dos seus problemas. É preocupante o fluxo de saída de tantos jovens nos últimos tempos e os sinais indicam que muitos mais poderão seguir o mesmo destino, como reflexo da insatisfação com a forma como caminhamos enquanto país”, alertou.
O líder do Esperança, que mantém a confiança na legalização do projecto como partido político, apontou ainda a subida do custo de vida e a perda do poder de compra das famílias como sinais de uma economia fragilizada. “A vida tornou- se difícil para todos aqueles que trabalham honestamente e ainda pior para um grande número de cidadãos que depende da economia informal para sobreviver”, lamentou.
Apesar das críticas ao cenário socioeconómico, Mfuca Muzemba reconheceu o esforço do Chefe de Estado no combate à corrupção e incentivou a continuidade desta agenda. “Depois que assistimos às denúncias sobre actos de corrupção e desvios de milhões para o exterior do país, entendemos encorajar o Presidente João Lourenço a prosseguir na campanha contra a corrupção e a impunidade, pois são esses males que corroem o país e atrasam o seu desenvolvimento”, afirmou.
Ao terminar o seu discurso, Mfuca Muzemba defendeu a necessidade de se restaurar o respeito pela ordem jurídica e promover uma governação que priorize o bem-estar de todos os cidadãos. “O que os angolanos precisam neste momento é de uma vida mais digna e dignificante.
Precisamos resgatar o respeito pela ordem jurídica e reforçar o compromisso com aqueles que querem servir o país e não se servir dele”, afirmou. Recordar que o projecto Esperança ainda não está consolidado como partido político, mas apresenta-se como uma plataforma de de- bate e propostas para Angola