No local, ao telefone, conversamos com o cónego Apolónio Graciano, gestor das escolas do Sequele, que encaminhou a nossa equipa de reportagem ao seu representante, por sinal o director da escola primária 4089, Isaac Mukemba. O responsável confirmou os valores cobrados neste nível de ensino que este ano funcionará com 4 mil e 500 crianças da iniciação à 6ª classe nos períodos da manhã e tarde.
O I e II ciclos trabalharão com 2300 alunos cada, cujos valores mensais são os que foram anunciados acima. Segundo Isaac Mukemba, “as escolas do Sequele são de parcerias” que o estado confiou na pessoa do Cónego Apolónio que canaliza os valores arrecadados na manutenção dos edifícios e no pagamento de seguranças e senhoras de limpeza cujo salário não anunciou.
Ele disse que “todos os directores e professores são do Estado. A gestão paga apenas as empregadas domésticas e os seguranças”, realçou. Entretanto, anunciou que os pais que têm mais de dois filhos matriculados sofrem um desconto pagando apenas a metade do número de educandos. Nos cerca de 9 mil alunos matriculados, 500 estão isentos do pagamento, segundo Isaac Mukemba, que explicou que a instituição comprovou que os pais destes alunos não têm capacidade de pagamento.
No total, as três escolas do Sequele facturam mensalmente 125 e 500 mil Kwanzas, sem contar com os valores arrecadados dos emolumentos (ver caixa). Deste valor é subtraído o salário das 19 senhoras da limpeza da escola primária nº 17 do I ciclo e nº 16 do II ciclo. São ainda pagos 18 seguranças do ensino primário e outros 18 que trabalham conjuntamente no I e II ciclos.
Contactado, o porta-voz da Direcção Provincial da Educação de Luanda, Lourenço Neto, disse que as escolas são comparticipadas e têm a gestão entregue a um privado. Ele disse que as escolas não recebem nenhum orçamento do Estado, nem os gestores, mas, ainda assim, os valores cobrados não podem ultrapassar os 3 mil kz.