A Liga da Mulher Angolana (LIMA), organização feminina da UNITA, comemorou ontem o seu 52.º aniversário, sob o lema e farol para a sua acção em 2024 ‘‘LIMA – Mulheres Unidas na Mobilização para as Autarquias”.
A organização feminina do partido do “Galo Negro” foi fundada a 18 de Junho de 1972 por Jonas Malheiro Savimbi, presidente fundador do partido, na Localidade do Massibi, província do Moxico.
A presidente da organização, Helena Bonguela Abel, falou em entrevista a este jornal, referindo que, de lá para cá, a LIMA não só se enraizou, cresceu, consolidou-se e agigantou-se, e actualmente trabalha não só para as questões internas, mas para a sociedade, pois o seu programa tem a ver com a luta dos direitos das mulheres em Angola, uma luta virada para a igualdade de género nos lugares de tomada de decisão.
“Não só na acção política, mas a nossa organização estende-se na vertente social, com acções filantrópicas, onde o nosso foco tem sido o empoderamento das mulheres, com a administração de cursos técnico-profissionais.
Temos mobilizado as mulheres a desenvolverem os seus pequenos negócios, sobretudo no quadro da gestão financeira”, disse Helena Bonguela, avançando que, só no ano em curso, cerca de 100 mulheres foram formadas em diversas áreas que garantam o seu empoderamento.
Sublinhou que as mulheres têm sido impulsionadas a trabalharem para a sua subsistência, sobretudo num contexto em que um número considerável das famílias na sociedade são sustentadas por mulheres.
“Nas zonas rurais estamos a encorajar a prática da agricultura familiar, apesar das dificuldades encontradas no escoamento dos produtos do campo para as cidades.
Queremos estar mais perto das mulheres para melhor compreendermos as suas necessidades”, avançou. O acto central para as comemorações deste 52.º aniversário da LIMA será realizado no dia 22 de Junho, no município do Cazenga, província de Luanda.
VCongresso Ordinário
A organização vai realizar em Setembro do ano em curso o V Congresso Ordinário que vai decorrer sob o lema “2024 Ano da Mobilização Nacional para as Autarquias”.
Helena Bonguela considerou o referido congresso como um exercício de democracia interna que o partido UNITA e a LIMA têm levado a cabo desde a sua fundação.
“Eu já não vou candidatar-me. Cumpri os meus dois mandatos, que considero como um dever cumprido. Conseguimos mobilizar e levantar o maior número de mulheres jovens para a dinâmica política nacional e internacional. Vamos agora passar a liderança às mais jovens”, concluiu.
Por: José Zangui