A instituição vai procurar dar resposta adequada à sociedade sobre o fenómeno das drogas e da toxicodependência.
POR: Iracelma Kaliengue
A província do Bengo vai albergar o primeiro Centro de Reabilitação e Reinserção de Toxicodependentes a nível do país, a ser inaugurado hoje, Sábado, pelo ministro da Justiça e dos Direitos, Francisco Queiroz. Um comunicado de imprensa deste órgão governamental indica que a inauguração insere-se nas celebrações dos 57 anos do início da Luta Armada, a 4 de Fevereiro de 1961. Para o Ministério da Justiça, a instituição representa um grande passo no processo de reabilitação e reinserção do homem na sociedade e da divulgação da dignidade através de um programa assistido baseado nos direitos fundamentais do homem, correspondente aos princípios do humanismo, pragmatismo, respeito, ética, confiança e solidariedade.
O ministério vai trabalhar neste projecto com o Instituto Nacional de Luta Anti-Drogas (INALUD, IP) que intervém na obra desde a sua criação, realizando um leque de intervenções preventivas para a diminuição de riscos e redução de danos causados pelas drogas e a toxicodependência em todo território nacional. Para o funcionamento eficiente do centro, a parte gestora contará com a colaboração de diversos Departamentos Ministeriais, da sociedade civil e sobretudo das famílias. O centro começou a ser erguido em 2011 na localidade do musseque Capari, município do Dande, O delegado provincial do Bengo da Justiça, Ernesto Chilala, considerou o centro de reabilitação de toxicodependentes uma mais-valia para a província do Bengo, devendo beneficiar também pessoas de outras regiões do país.
A província do Bengo terá uma capacidade para albergar 120 pessoas, 60 das quais do sexo feminino, e 60 do sexo masculino. A instituição surge para dar resposta adequada ao fenómeno das drogas e toxicodependência que aflige a sociedade. Comporta as áreas de serviços de apoio, educação, saúde, dormitórios, salas de aulas, cozinha, capela e espaços de recreação. No local, para além de reabilitar os toxicodependentes, os residentes vão aprender artes e ofícios para a sua reintegração social quando regressarem à vida social activa.