Sobe o lema “JURA: Inovar e Mobilizar para Vencer”, a Juventude Unida e Revolucionária de Angola (JURA), deu início, ontem, no complexo SOVSMO, em Luanda, o seu 5º Congresso Ordinário, marcado por um discurso efusivo do presidente da UNITA
O evento, que contou com a presença de várias individualidades da vida política e social nacional, as- sim como de outros convidados estrangeiros, estava inicialmente agendado para ter início na última Quarta-feira, 15, mas acabou por ser adiado para ontem, Quinta-feira, 16, devido às festividades em alusão ao aniversário da UNI- TA, celebrado no passado dia 13 do corrente mês, cujo acto central está marcado para amanhã, em Luanda.
O primeiro dia de trabalhos foi marcado, para além dos debates e aprovação, na generalidade, de to- da documentação em discussão, e pareceres das comissões de trabalho, pelo discurso do líder do par- tido. Ao tomar a palavra, naquele que marcou o discurso de abertura do conclave, Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, começou por formular votos de sucesso aos dois candidatos, “por contribuírem para a democracia interna do partido”. O evento, disse Costa Júnior, é um exercício de elevada importância “porque espelha a livre e constante opção pela pluralidade democrática, os seus actos e posicionamentos”.
O líder do Galo
Negro salientou que “a democracia e a pluralidade têm um preço”, pois, sublinhou, “exigem sacrifícios e fortes investimentos na educação, persistência e, muitas vezes, bastante exposição e firme convicções nas posições a tomar”. Ao longo dos seus 57 anos, afirmou, “a UNITA edificou uma tradição democrática assente na busca pelo diálogo e na discussão, franca e aberta, dos assuntos internos da sua organização”. Citando o seu líder fundador, Costa Júnior referiu que “a juventude é a depositária da continuidade da revolução, sendo, por isso, preciso uma preparação político-ideológica para aguentar a latitude do seu papel”.
Afirmou que este 5º congresso deve reflectir sobre esta premissa da “formação política-edeológica, capaz de iluminar os pensamentos políticos e as acções práticas da JURA, participes do debate e da acção política e estratégica do partido”. Sublinhou ainda que, “fundada a 13 de Março de 1966, a força da UNITA esteve sempre radica- da na sua juventude, que nas diferentes fases da sua luta desempenhou sempre um papel importante em todos os momentos”. Disse ainda que “nas actuais circunstâncias, em que o país clama por mudanças profundas, não há dúvidas que caberá aos jovens, mais uma vez, colocar o país nos trilhos da democracia verdadeira e do desenvolvimento”.
Costa Júnior, por outro lado, destacou também que este “evento se reveste de capital importância para a sociedade”, tendo apelado ao “debate e a aprovação de programas conducentes a alavancar a acção política da UNI- TA para os próximos anos e para a construção de uma sociedade mais justa”. Finalizou dizendo que espera que a JURA saia deste congresso “mais reforçada”, com uma liderança capaz de atrair a confiança dos jovens “não apenas da UNITA, mas de todo país”. “E que no final deste congresso a JURA tome decisões no sentido da renovação das suas lideranças, aumentando a representatividade da mulher nos seus órgãos de direcção, que está em falta”, considerou.