Com efeito, foi na 16ª cimeira extraordinária da União Africana (UA), também conhecida por Cimeira de Malabo de 28 de Maio de 2022, que o Presidente da República é designado Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África (CAMPPÁ- FRICA).
Dois anos depois, o Presidente João Lourenço tem-se revelado um “trabalhador incansável” na sua espinhosa missão de busca permanente de soluções para os diversos conflitos, políticos e armados, que afligem o continente.
De igual modo, e na qualidade de presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), João Lourenço foi mandatado, também pela UA, para assegurar a mediação na crise entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Rwanda.
Desde então, a capital angolana virou palco de constantes movimentações diplomáticas, com entradas e saídas de delegações estrangeiras de vários níveis, como que uma passagem incontornável dos caminhos da “Pax Africana”. Ou seja, Angola passou a ser “uma placa giratória de concertações políticas”, no continente africano, segundo observadores atentos ao desenrolar da diplomacia africana.
O empenho do estadista angolano vai na direcção da conquista e preservação da paz, da reconciliação nacional, da democracia e do respeito pelos direitos humanos, no continente berço da humanidade.
No exercício destas responsabilidades, tem encorajado permanentemente o diálogo e promovido consultas políticas como via para o reforço da confiança e para a construção de entendimentos entre as partes desavindas. África acompanha com preocupação o eterno surto de focos de tensão e conflitos intensos, com o regresso à guerra no Sudão e aos golpes de Estado na África Ocidental e Central como as manifestações mais recentes.
Pesadas perdas de vidas humanas e dilaceração da estrutura social, moral e material das sociedades têm sido o denominador comum dos palcos desses conflitos seguidos da instabilização dos países limítrofes e, por via disso, do continente em geral.