O Presidente da República, João Lourenço, destacou, ontem, em Luanda, que a construção de um modelo ideal de sociedades inclusivas e paritárias requer um esforço convergente entre as instituições públicas, privadas e a sociedade civil, onde as mulheres e as meninas, tenham um papel crucial a desempenhar em termos de denúncia, junto das autoridades competentes, das práticas de assédio e abusos diversos que as afectam.
Ao proferir o discurso de abertura da Conferência da Organização das Primeiras-Damas Africanas para o Desenvolvimento (OPDAD), o Chefe de Estado disse que a construção de sociedades em que todos sejam de facto iguais faz parte de um processo no qual governantes, políticos, agentes sociais e culturais e os cidadãos, de modo geral, devem assumir, em consciência, um papel responsável e activo na edificação desta arquitectura social dos tempos modernos.
Durante a cerimónia, presidida pela Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, que culminou com o lançamento da campanha “Somos todos iguais ” , o Titular do Poder Executivo sublinhou que “não pode existir mais lugar para qualquer tipo de discriminação, seja ela económica, laboral, de acesso ao ensino e aos serviços de saúde e ao emprego”.
Para a concretização dos desafios referidos, assinalou o Presidente da República, não basta formular ideias e conceitos que podem ser teoricamente muito bem acolhidos, mas que pecariam na sua aplicabilidade, por ausência de mecanismos e normas que levem a uma alteração das mentalidades daqueles que teimam em oferecer resistência aos bons padrões de comportamentos social.