O Presidente daRepública, João Lourenço, convidou este sábado, em Beijing, os empresários chinese a investirem no Corredor do Lobito na produção de bens alimentares, de cereais e grãos, de açúcar, pecuária, pescas, indústria farmacêutica de produção de medicamentos e de vacinas.
O Chefe de Estado que fazia a abertura do “Fórum de Negócios Angola-China”, apontou ainda a indústria de produção de baterias para o fabrico de automóveis de propulsão eléctrica, painéis fotovoltaicos para energia solar, turismo e outros sectores da economia, como áreas a contar.
Convidou igualmente, reforçou, os empresários chineses a investirem em fábricas de produção de medicamentos e de vacinas certificadas, cujo principal cliente será o Estado angolano, para alimentar o Sistema Nacional de Saúde cuja rede de hospitais públicos vem crescendo de forma significativa todos os anos.
Por outro lado, João Lourenço disse que Angola pretende atrair investidores chineses que tragam não só capital financeiro e tecnologia avançada, mas também “know-how”, para permitir aumentar a eficiência na produção interna de bens e de serviços.
“Contamos com os investidores chineses que nos ajudem a diversificar a nossa economia aumentando a oferta interna de bens e de serviços com o selo “Feito em Angola”, que contribua para o aumento significativo dos bens de exportação e contribua para o aumento substancial da oferta de postos de trabalho, que reduza a taxa de desemprego existente”, sublinhou.
Lembrou que o país está a construir, no Lobito, província de Benguela, a maior refinaria de petróleo que terá associada uma importante indústria petroquímica, ressaltando que os empresários chineses estão convidados a investir neste grande projecto como accionistas desde esta fase de construção.
Privatização
O estadista destacou que Angola tem disponível um conjunto de empresas e activos públicos que estão num processo de privatização total ou parcial, ligados ao sector petrolífero, da banca e seguros, das telecomunicações, grandes fazendas agrícolas e importantes indústrias.
Neste sentido, convidou os investidores e empresários chineses a participarem dos concursos internacionais que habilitam à aquisição destes bens,bem como para a realização de projectos no quadro de parcerias público-privadas.
Referiu que foi aprovada e regulamentada a Lei sobre as Parcerias Público-Privadas e estão a ser preparados diversos concursos públicos internacionais para a construção de importantes infra-estruturas, relacionadas com a produção de energia hidroeléctrica ou fotovoltaica e respectivas redes de transportação de energia, estradas nacionais e respectivas pontes, com destaque para as estradas ou auto-estradas que ligam Angola aos países vizinhos.
Apelou às empresas chinesas a abraçarem as enormes oportunidades de negócios que o país oferece e, assim, poderem disfrutar do ambiente de estabilidade e segurança prevalecente em Angola.
“Queremos que cooperem connosco no processo de transformar Angola num país próspero e moderno, capaz de proporcionar ao seu povo as melhores condições de vida”, realçou.
Desde quinta-feira, em Beijing, para uma visita de Estado de 72 horas, na República Popular da China, o Presidente angolano participou em três reuniões de alto nível, designadamente com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro, Li Qiang, e o presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (Parlamento), Zhao Leji.