No encontro nacional, considerado histórico, que manteve com os responsáveis dos CAp’s, João Lourenço, enquanto presidente do MPLA, apontou as bases do partido como o local onde o partido deve, permanentemente, prestar a atenção, por entender que são elas que no dia-a-dia as- seguram o funcionamento da estrutura, trabalhando com as comunidades onde estão localizadas
Sob o lema “Todos para as Bases, Todos para as Comunidades”, o presidente do MPLA, João Lourenço, manteve ontem, em Luanda, um encontro com os primeiros secretários dos Comités de Acção do Partido (CAP) de todo o território nacional, que aconteceu na sequência da realização das Assembleias de Balanço e Renovação de Mandatos dos Comités de Acção, realizadas de Maio a Agosto deste ano.
No seu discurso de abertura ao encontro, João Lourenço enalteceu o engajamento dos primeiros secretários dos Comités de Acção do Partido e de todos os militantes, pela forma disciplinada e comprometida como se engajaram no processo de realização das assembleia de balanço e renovação de mandatos.
João Lourenço ressaltou o importante papel que representam os Comités de Acção do Partido, referindo que são esses Comités de Acção, os primeiros-secretários e os militantes lá nas comunidades onde estão inseridos que, através da interacção no dia-a-dia com os cidadãos, dão a conhecer o projecto de construção de Nação do MPLA, o seu passado de lutas e de vitórias, o presente de trabalho árduo para resolver os problemas económicos e sociais que afectam os cidadãos, para garantir um futuro risonho de paz, prosperidade, liberdade e desenvolvimento.
“São os camaradas que mobilizam os cidadãos para as fileiras do nosso partido. Nesta etapa crucial da vida do nosso partido e do país, decidi vir pessoalmente reunir com as bases, ouvi-las sobre os caminhos a seguir para fortalecer cada vez mais o nosso partido, reforçar a nossa unidade em torno dos idedo MPLA”, disse João Lourenço.
Sublinhou que, ao longo da sua existência como força política que mobilizou e congregou os angolanos à volta da causa da Independência e dos ideais da liberdade, bem-estar dos angolanos e progresso social, o MPLA soube sempre fazer as leituras correctas das diferentes etapas da luta e do tempo, fortalecendo a organização e o funcionamento das estruturas do partido, de modo a torná-las cada vez mais modernas, dinâmicas e actuantes, visando a melhor inserção do partido na sociedade e, assim, estar sempre em melhores condições de liderar as principais transformações políticas, económicas e sociais no país
“O MPLA é um grande edifício, o maior edifício político-partidário que Angola conheceu desde os anos cinquenta, por isso, cuidemos das suas fundações, dos seus alicerces, que são os milhares de Comités de Acção do Partido, porque são eles as bases da sua sustentação contra as tempestades criadas pelos nossos adversários que, não fazendo oposição, encorajam e fomentam a desordem, organizam e lideram a subversão, como ficou evidente agora na aprovação da lei contra a vandalização dos bens públicos, tendo ficado provado o que já era evidente, que estão por detrás destas práticas antissociais e criminosas”, avançou.
Mais inserção na sociedade
João Lourenço disse que quer ver os Comités de Acção mais inseridos na sociedade, nas comunidades, não a consumir o tempo em reuniões e leitura de documentos apenas, mas a interagir com as pessoas, com as angolanas e angolanos, independentemente da sua filiação partidária, para com eles abordar os problemas reais da vida que os afligem, ligados à habitação, água, energia, escola para os filhos, saúde e outros.
Reconheceu o trabalho incansável que os primeiros-secretários dos CAP’s realizam, alegando que merecem todo o respeito e consideração pelo trabalho que realizam, mesmo sem a preocupação do mediatismo que as câmaras fotográficas e a televisão proporcionariam caso acompanhassem o seu trabalho.