Para o actual líder da organização juvenil do MLA, Crispiniano dos Santos, os candidatos que submeterem as suas candidaturas ao cargo de secretário nacional da JMPLA deverão concorrer todos ao mesmo pé de igualdade, afastando, assim, as insinuações de eventuais figuras indicadas pela direcção do partido três dias depois de o processo de submissão de candidaturas ao cargo de primeiro-secretário nacional da JMPLA estar aberto em todo o país, a organização política juvenil ainda não registou a recepção de nenhuma intenção.
O processo de submissão, que decorrerá de 20 a 26 deste mês, segue, no entanto, até ao fecho do dia de ontem, sem nenhuma candidatura formalizada, conforme disse ao OPAÍS o ainda primeiro-secretário nacional da organização juvenil do MPLA, Crispiniano dos Santos.
Todavia, o jovem político entende que, nos próximos dias, prevêem-se agitações de correrias por parte dos candidatos que têm a intenção de liderar a organização.
Mas, deixou claro que todos que vierem submeter a sua candidatura deverão concorrer ao mesmo pé de igualdade, afastando, assim, as insinuações que apontam para candidatos favoritos indicados pela direcção do partido no poder.
De acordo com Crispiniano dos Santos, as insinuações que apontam para candidatos favoritos são meras especulações e conversas encomendadas para “desfocar os objectivos do congresso e a força da JMPLA, que continua a ser uma organização forte e enraizada no seio da juventude angolana”.
“Estatutos são de cumprimento obrigatório”
Crispiniano dos Santos, que não deverá se recandidatar, apontou os estatutos da JMPLA como o farol orientador e que vão, como sempre, conduzir todo o processo organizativo até à eleição de um novo líder. Para ele, somente os estatutos é que deverão ditar quem vai ou não concorrer ao congresso da JMPLA, pelo que quais- quer outros entendimentos ou insinuações têm como propósito desviar o foco.
“Estamos a proceder à abertura de candidaturas múltiplas. E qualquer militante que entender estar dentro dos estatutos que regem a JMPLA pode concorrer normalmente”, apontou, acrescentando ainda que “é falsa a ideia de que haja candidatos pré-definidos ou indicados pelo partido”.
Exigências
Outrossim, o político disse que, de acordo com os requisitos exigidos para a candidatura, os militantes interessados devem ter idades compreendidas entre os 15 e 30 e ser membro do órgão colegial cessante. “Trata-se de um momento histórico.
Importa referir que, pela primeira vez, a JMPLA está a ensaiar o processo democrático para que todo o militante que tiver perfil e os requisitos exigidos ocupe o cargo e, de livre vontade, apresente a sua candidatura”, explicou.