Um erro de codificação pôs a exportação de produtos agrícolas a disparar, passando a representar, entre dois trimestres de 2017, 20% das exportações nacionais. O INE rectifica agora o lapso e põe as coisas no seu lugar. O peso da agricultura nas exportações é de 0,3% e o dos combustíveis é superior a 95%
o Instituto Nacional de Estatística divulgou este Sábado uma rectificação à informação respeitante ao aumento das exportações de produtos agrícolas incluída no seu último relatório sobre o comércio externo de Angola e a que OPAÍS deu destaque.
Na informação disponibilizada pelo INE respeitante ao terceiro trimestre de 2017, a exportação de produtos agrícolas teria registado, em três meses apenas, uma evolução histórica, atingindo Kz 292.479 milhões, quando em igual período de 2016 se ficaram por Kz 5.030 milhões e no segundo trimestre de 2017 não chegaram a superar Kz 2.500 milhões.
A ser verdadeiro aquele valor atribuído à exportação de produtos agrícolas estes passariam a representar 20% do total, fazendo o peso dos combustíveis (petróleo bruto e gás natural essencialmente) recuar de 94,3% para 74,3%. Esclarece agora o INE que se tratou de um erro técnico de codificação, o que pode acontecer.
A nota do INE precisa que se tratou de ‘um erro na codificação de um produto do Grupo combustível, com o código de produto agrícola, o que resultou no aumento do valor da exportação de Produtos agrícolas em 21,2% em detrimento de Combustível em 74,2%’. Fica assim reposta a verdade dos factos: os combustíveis representam mais de 95% das exportações nacionais e os produtos agrícolas apenas 0,3%, em linha com o histórico da estrutura das exportações angolanas.
Assim, na Página 5 da Folha de Informação Rápida do Comércio Externo, ‘ponto II. Síntese dos Principais Resultados, 10º parágrafo referente ao Quadro 5, na análise da exportação’ onde se lê Combustíveis com 74,3%, Produtos agrícolas com 21,1%’ deve antes ler-se, em substituição, ‘Combustíveis com 95,1%, Produtos agrícolas com 0,3%’.
Na página 12, no Quadro 5- Exportação e Importação por Grupo de Produtos, no quadrante de exportação, nos produtos Agrícolas, III trimestre 2017, onde se lê 292.479, deve ler-se, em substituição, ‘ 3706, a taxa de variação de X correspondente a 11990,5%, para 53,2%; Taxa de variação homóloga de X correspondente a 5714,8 para -26,3%; estrutura de 21,1% para 0,3%’.
Ainda na página 12, no Quadro 5, respeitante à Exportação e Importação por Grupo de Produtos, no quadrante de exportação, onde se lê, Combustíveis, III trimestre 2017aonde se lê 1 029 143, deve antes ler-se, em substituição, 1 317 916; a taxa de variação de -18,6% para 4,3%; taxa de variação homóloga de -22.5% para -0,7%; estrutura de 74,3% para 95,1%’.