No âmbito da preparação para a realização do Censo 2024, decorre em todo país a actualização da malha cartográfica. Já na sua fase final, uma comitiva multissectorial composta por 20 membros, liderados pelo director-geral adjunto do INE, realizou ontem, 2 de Abril, uma visita de campo ao município do Talatona, província de Luanda.
De acordo com o director-geral adjunto do INE, o Censo arranca no dia 19 de Julho e deverá envolver mais de 92 mil agentes em todo o país que vão conduzir as entrevistas. Em termos de malha cartográfica, o responsável, em declarações à imprensa, revelou que as províncias de Cabinda e Uíge são as duas províncias mais avançadas neste momento.
De acordo com a agenda do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o município da Quiçama, também na província de Luanda, será o próximo a ser visitado, mas ainda sem data. No entanto, no processo censitário para as zonas de difícil acessso, o INE vai contar com meios humanos e técnicos da Força Área Nacional, órgão adstrito às Forças Armadas Angolanas.
No município de Talatona, em Luanda, a comitiva teve na sua agenda um encontro com o administrador municipal, José de Oliveira Bastos, depois procedeu à realização de um seminário de mobilização e sensibilização com os administradores distritais, comunais, comandante municipal da Polícia, entidades tradicionais, coordenadores de bairros e membros da sociedade civil, com a finalidade de incentivar a participação de todos no Censo 2024.
A agenda terminou com a visita de constatação para auferir o grau de cumprimento dos trabalhos da actualização cartográfica daquela zona, concretamente no bairro Militar. Importa referir que o grupo já realizou visitas de campo para constatação do andamento dos trabalhos para a actualização da malha cartográfica nos municípios da Maianga, Viana, Belas e Cazenga e depois segue para Quiçama, todos na província de Luanda. Em 2014, o país realizou o primeiro Recenseamento Geral da População e Habitação depois da independência, que teve lugar no período de 16 a 31 de Maio, onde a população angolana ficou estimada em 25 milhões 789 mil e 24 habitantes, dos quais seis milhões 945 mil e 386 viviam em Luanda.
Deste universo populacional, 12 milhões 499 mil e 041 são homens e 13 milhões 289 mil e 983 são mulheres, na qual Luanda, Benguela, Huambo, Huíla, Cuanza-Sul, Uíge e Bié foram consideradas as províncias mais populosas de Angola. Recorde-se que o custo operacional foi de USD 200 milhões. Na altura, o câmbio estava fixo em 97,8 Kz por dólar americano, o processo custou 19,5 mil milhões kwanzas. Neste momento, o INE leva a cabo a actualização cartográfica do território, cuja operação permitirá ter uma fotografia mais actualizada da geografia do país.
POR: José Zangui