A manifestação agendada para ontem, Sábado, tinha por fito protestar contra o aumento do preço dos bilhetes de passagem da transportadora aérea nacional, TAAG, mas não teve lugar por não ter sido acautelada toda a questão legal e de segurança dos participantes. A organização acusa o Governo Provincial de ter dificultado o processo de autorização.
POR: Paulo Sérgio e Iracelma Kaliengue
A jornalista e também organizadora da marcha Rita Filomena Mununga disse ao Jornal O PAÍS que a marcha, inicialmente prevista para Sábado (03), não foi realizada por insuficiências na comunicação encaminhada ao Governo Provincial no dia 31 de Janeiro último. Segundo a jornalista, tudo não passou de pretexto, já que a manifestação foi comunicada ao Governo local no dia 31 de Janeiro e só obteve resposta na Sexta-feira, dia 02 de Fevereiro no período da tarde.
Declarou a este jornal que a organização foi avisada sobre as insuficiências (endereço residencial dos organizadores, contactos telefónicos e local de concentração para a marcha) cujo documento, com os dados requeridos, procuraram fazer entrega junto do gabinete do governador no dia 02 de Fevereiro às 14 horas. Rita Filomena lembrou ainda que para aquele dia o Governo provincial cessava as suas actividades às 16 horas devido ao feriado referente ao 4 de Fevereiro, em que foi acrescida mais uma hora de trabalho na função para compensar a Segunda-feira, data em que será feita a ponte devido à efeméride comemorada no Domingo.
Informou que em função dessas anomalias, uma nova carta será remetida na Terça-feira (6) com as devidas correcções, ficando assim a marcha transferida para o Sábado, 10 de Fevereiro. Por seu turno, o Governo Provincial da Lunda-Norte, em nota informativa, refere que a petição foi recusada por não reunir os requisitos exigidos, pois não foram supridas as insuficiências constantes no artigo 6º, nº 3, da lei em referência e recomendou a observância rigorosa da ordenança.
Motivo da marcha
Rita Mununga adiantou ainda que estão na base deste encontro as reclamações sobre a subida do preço os bilhete de passagem praticados pela única companhia que voa para a província. A jornalista afirma que o preço foi duplicado nos últimos ajustes feitos pala companhia devido à depreciação do Kwanza. Acrescentou, entretanto, que a passagem, ida e volta, do Dundo para Luanda tem agora o custo de 84 mil Kwanzas, contra os anteriores 34 mil Kwanzas. Na Quinta-feira (01), o subdirector de vendas da TAAG, António Bartolomeu, informou que a companhia está a fazer um estudo à pedido dos governos provinciais para baixar os preços, medida que visa responder às reclamações dos clientes.