O governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, reafirmou ontem o engajamento das autoridades na prevenção de desastres naturais, para evitar vítimas mortais e danos materiais, principalmente na época chuvosa
Neste momento, decorrem nesta província campanhas de sensibilização sobre os abalos sísmicos, e as medidas de prevenção contra as descargas eléctricas constituem outras opções para travar os desastres naturais no Huambo, segundo as autoridades.
O governante fez estes pronunciamentos na reunião da Comissão de Protecção Civil, que juntou membros do governo, administradores municipais, oficiais das Forças Armadas Angolanas e do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.
Pereira Alfredo garantiu que as autoridades da província estão preparadas para actuar, rapidamente, em qualquer situação de sinistralidade, resultante das chuvas, com a elaboração de planos de contingências, para ajudar eventuais casos de fatalidades
Para o governante, as medidas preventivas devem ser acolhidas, para além do próprio Estado, também pela população.
De acordo com a Angop, alertou sobre a necessidade de se redobrar a vigilância sobre a proibição de construção de edifícios ou residências em zonas de riscos e inadequadas, que passa pelo desencorajamento de tais acções.
Pereira Alfredo lembrou que os administradores municipais devem incluir nos projectos de construção civil, sobretudo de maior aglomerado laboral, a instalação de para-raios, para que se abranja maior parte das comunidades.
Recomendou, de igual modo, a identificação urgente das zonas de risco e a intervenção imediata para a segurança pública comunitária.
De salientar que as autoridades governamentais do Huambo elegeram a educação ambiental, a eliminação de ravinas, a reestruturação das sarjetas e o desassoreamento de alguns rios como principais soluções para mitigar os desastres naturais.
Refira-se que o impacto negativo das chuvas causou, entre Agosto de 2023 e Maio de 2024, pelo menos 256 vítimas humanas, destes 136 mortos e 120 feridos, com a destruição de três mil 189 casas, para além de ter deixado 15 mil 945 pessoas em condições de vulnerabilidade.
Neste período, sabe-se, perto de 354.23 hectares com produção de agrícola diversa foram devastados, sobretudo nos municípios de Bailundo, Chinjenje e Ucuma.