O governo local aproveitou, recentemente, a presença do Presidente da República, João Lourenço, na província, no quadro da visita de dois dias, para, de forma especial, apelar para a necessidade de se intervir urgentemente, de modo a evitar cenários de mortes, uma vez que se está já em período chuvoso.
Mara Quiosa reconhece problemas de ordem financeira que o país, neste momento, atravessa, no entanto, pediu ao Presidente João Lourenço que preste uma atenção especial ao pedido formulado por si o qual qualifica como sendo especial.
“Com carácter emergencial. Eu sei que, à semelhança do Cuanza- Sul, as outras províncias também têm muitas dificuldades, mas gostaríamos de solicitar, encarecidamente, a implementação do projecto de controlo de cheias”, vincou a governante, ao sustentar que, nas últimas enxurradas, se tinham registados 64 mortos, ao que se juntaram mais de duas mil casas e equipamentos sociais danificados.
Em virtude desse quadro, Quiosa diz ser urgente resolver o problema das inundações no município do Sumbe, por via do escopo da construção de valas de micro e macro-drenagens, para além de desassoreamento do rio Cambongo, por esse transbordar constantemente, em período chuvoso, acabando, em muitos casos, por fustigar áreas envolventes.
“Comportaria ainda, neste projecto, a construção de diques, assim como a estabilização das encostas aqui do Sumbe, porque acaba, em tempo chuvoso, por vir tudo cá para baixo. Camarada Presidente, este projecto seria mesmo de carácter emergencial” – adverte – “para não voltarmos a ter aquela fotografia”, conclui.
“Assim como a construção da vala de drenagem do Porto Amboim, numa extensão de seis qulómetros”, acrescenta a governadora Mara Quiosa. Uma outra preocupação levantada que tem tirado o sono à Mara Quiosa e, por isso apresentada ao PR, tem a ver com a situação de calemas. De ano em ano, o mar tem invadido uma das estradas, causando enormes constrangimentos.
A fórmula encontrada pela governadora para se pôr cobro à situação passa pela construção de porões, na perspectiva de conter as águas do mar. “Para este primeiro pacote, o Ministério das Obras Públicas deverá proceder à construção de dez porões.
Por essa altura, já estão sete construídos e o oitavo já em fase de conclusão, mas, camarada presidente, temos necessidade de dar continuidade a este projecto”, solicita. De solicitação não é tudo. Mara Quiosa precisa, igualmente, de recursos financeiros para a construção de um aterro sanitário, por a província não dispor desse serviço.
Combate à pobreza
A número «um» da província do Cuanza-Sul dá conta da existência de 351 acções inscritas no Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, maior parte das quais já concluídas. A governante solicita, pois, que, no âmbito da acção social, seja construí- do um centro para acolher pessoas vulneráveis e vítimas de violência.
“No âmbito dos antigos combatentes e ex-militares, a província controla cerca mil 537 assistidos, onde uma das principais preocupações e daquilo que vamos ouvindo prendem-se mesmo com as questões habitacionais”, considera.
POR:Constantino Eduardo,
enviado ao Sumbe